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sábado, 28 de março de 2009

"CHE"


Longa é dirigido por Steven Soderbergh e traz Benicio Del Toro.

Continua rendendo boas histórias a vida e a luta de Ernesto Guevara, o Che. O filme da vez leva seu nome, tem uma grande produção internacional por trás e acabou crescendo tanto que virou não um, mas dois longas-metragens: “Che” e “Che – A guerrilha”, ambos em cartaz na próxima quinta-feira (30), no encerramento da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Dirigidos por Steven Soderbergh (de “Traffic”, “Erin Brockovich” e “Onze homens e um segredo”, entre outros), os dois filmes trazem o ator porto-riquenho Benicio Del Toro como o personagem-título. E Rodrigo Santoro, em mais um de seus trabalhos internacionais, também está no longa, interpretando Raúl, irmão de Fidel Castro (Demián Bichir).


“Che” tem início no México, em 1955, quando Fidel e Ernesto Guevara se conhecem –o primeiro já planejava a Revolução Cubana, que consistia em derrubar o general Fulgêncio Batista do poder (ação que já havia sido tentada anteriormente, em 1953, mas falhou). No ano seguinte, as duas lideranças do movimento navegam até Cuba com mais 80 rebeldes para dar início à ação, que consistia na mobilização de camponeses e, com um exército cada vez maior, a conquista do poder na ilha.

Durante esse perído, Che e Fidel seguem por caminhos distintos, cada um liderando sua coluna, e as câmeras de Soderbergh acompanham apenas Che, com eventuais encontros entre os dois. O argentino lidera seu grupo com pulso forte, exigindo que todos tenham bom comportamento (condenando à morte os que roubavam ou violentavam mulheres), ajudando na alfabetização de seus homens e dando liberdade para aqueles que quisessem desistir da luta. Médico, ele tratava dos doentes e feridos, e em troca recebia fidelidade e cuidados durante suas fortes crises de asma.



Benicio Del Toro beira a perfeição na pele de Ernesto Che Guevara (Foto: Divulgação)
Ao mesmo tempo em que retrata a caminhada de Guevara pelo interior de Cuba –pela selva e por pequenos povoados–, o filme revela cenas do guerrilheiro em Nova York durante os anos 60, em seu discurso na ONU e durante uma entrevista. Num dos trechos, a jornalista quer saber: “O que é mais importante para ser um guerrilheiro?”. Che não precisa oensar muito para responder: “Amor”. E explica que sem verdadeiro amor à causa pela qual se está lutando, nenhuma revolução pode ser realizada.

Foi assim, com inteligência, sensibilidade e até um pouco de ironia, que Guevara se transformou num dos maiores ícones da Revolução Cubana, adorado pelo povo que o adotou com se ele fosse um dos seus. Mas o sonho de Che era maior: ele queria promover a revolução em toda a América Latina. E é justamente dessa ambição que surge o segundo filme, “Che – A guerrilha”, mostrando as andanças do médico pelo interior da Bolívia, tentando repetir o feito cubano. E, como a história mostrou, não sendo bem-sucedido.

Os dois filmes devem estrear, a princípio, em datas separadas, apenas em 2009. Na Mostra, eles serão exibidos em seqüência.

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