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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Hugh Jackman volta às telas mais uma vez como "Wolverine"


Hugh Jackman retorna às telas de todo o mundo na sexta-feira no papel de um mutante com garras de aço em "X-Men Origins: Wolverine", depois de sua performance brilhante como apresentador dos Oscar e de protagonizar o romance "Austrália", que decepcionou nas bilheterias norte-americanas.
A mudança é benéfica para o ator australiano em função da exposição que lhe garante, mas, apesar do sucesso de bilheteria dos filmes "X-Men", Jackman diz que hoje em dia sente-se mais tentado a atuar na Broadway, onde conquistou um Tony.
É a quarta vez que o público verá Jackman como Wolverine, papel que ele conquistou em "X-Men - O Filme", de 2000, logo depois de estrelar no teatro uma produção londrina do musical "Oklahoma!".
"Não há dúvida de que, assim que esse filme saiu, minha carreira virou como um grande cão dinamarquês, me arrastando pela rua", disse Jackman à Reuters, comentando os últimos nove anos de sua vida profissional.
"X-Men - O Filme" rendeu 296 milhões de dólares de bilheteria mundial e ajudou a inaugurar a onda mais recente de filmes baseados em histórias em quadrinhos. "X-Men 2", de 2003, superou essa marca, faturando 408 milhões de dólares e sendo superado por sua vez em 2006 com "X-Men - o Confronto Final", que arrecadou 459 milhões.
Paul Dergarabedian, presidente da firma Media by Numbers, que contabiliza bilheterias, calcula que "X-Men Origins: Wolverine" pode vender entre 85 e 100 milhões de dólares em seu primeiro fim de semana nos cinemas dos EUA, que será também o primeiro fim de semana da temporada de verão de Hollywood.
Jackman, de 40 anos, disse que representar Wolverine é um desafio devido à "energia sustentada" que ele precisa durante as filmagens.
"Ele precisa dar a impressão de que está prestes a explodir a qualquer momento", explicou o ator, falando do personagem.
Como já indica seu título, "X-Men Origins: Wolverine" mostra os primeiros anos do personagem de Jackamn, voltando para sua descoberta, ainda na infância, das garras que saltam de seus dedos.
O filme apresenta ao público o Wolverine que os leitores de gibis conhecem bem, quando o governo norte-americano enxerta o metal indestrutível Adamantium em seu esqueleto, dando a ele as armas afiadíssimas que ele brande naturalmente a partir de seus braços.
Jackman contou que, para ficar em forma para o filme, malhou muito, tomou muitos shakes de proteínas e comeu carne em todas as refeições, alimentando-se de três em três horas e chegando a acordar às 3h30 da manhã para comer mais.
Ele fez tudo isso durante as filmagens do épico "Austrália", de 2008, deixando o diretor Baz Luhrmann preocupado, já que o astro parecia mais robusto a cada cena que passava.
"Baz veio falar comigo e disse 'cara, pega leve na comida. Estou tendo dificuldade em editar o filme'", contou Jackman com uma gargalhada, mastigando um palito de dentes.

domingo, 26 de abril de 2009

A gripe suína

EUA atestam 19 casos de gripe suína; suspeitas atingem cinco países

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse neste domingo que exames laboratoriais confirmaram diagnóstico de gripe suína para ao menos oito dos cerca de cem estudantes de uma escola do bairro do Queens que estiveram em Cancún, no México, recentemente. Com isso, chega a 19 o número de casos confirmados naquele país. Foram confirmados também mais sete casos no Estado da Califórnia, dois no Texas e dois no Kansas.


O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, confirma oito casos de gripe suína na cidade
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a gripe suína tem potencial para ser uma pandemia (epidemia de grande alcance geográfico, talvez global). Neste domingo, mais cinco países, além de México e EUA, registraram casos de suspeita da doença. No Brasil, não há suspeita de circulação do vírus.
No México, além das 20 mortes comprovadamente provocadas pela gripe suína, há outras 61 mortes suspeitas. O total de casos de suspeita de gripe suína naquele país ultrapassa 1.300. Na Cidade do México, igrejas estão vazias; zoológicos foram fechados; as visitas a centros de detenção para adolescentes foram suspensas; e funcionários dos serviços de saúde buscam pessoas contaminadas em aeroportos e terminais de ônibus. O presidente Felipe Calderón decidiu isolar qualquer pessoa com suspeita de gripe.



Para tentar conter gripe, mexicanos circulam com bocas e narizes cobertos por máscaras
Conforme oficiais de saúde mexicanos, mais de 24 novos casos de suspeita de gripe foram notificados na Cidade do México apenas neste sábado (25).
Na Europa, França e Espanha têm, respectivamente, três e dois casos de suspeita de gripe suína, sempre envolvendo pessoas que estiveram no México recentemente. Na Espanha, os pacientes com sintomas de gripe --identificados nas últimas 24 horas-- estão nas localidades de Almansa (Albacete), Bilbao e Valência. Todos estão internados por precaução, mas o seu diagnóstico só sairá em dois dias, segundo a ministra de Saúde, Trinidad Jimenez.
Para a ministra, embora o governo espanhol esteja buscando todas as pessoas que viajaram com os pacientes suspeitos para questioná-las sobre seu estado de saúde, a situação ainda é de "tranquilidade", e não de "emergência".




Trinidad Jimenez, a ministra de Saúde da Espanha, confirma avaliar três suspeitas
Na França, oficiais do Ministério de Saúde afirmaram, à agência de notícias Associated Press, que há quatro suspeitas, sendo uma família de três pessoas da região nordeste e uma mulher da região de Paris. Outras duas suspeitas já foram testadas e descartadas. No Reino Unido, um tripulante da companhia aérea British Airways foi levado a um hospital de Londres com sintomas, porém os testes laboratoriais descartaram a hipótese de gripe suína.
Na Oceania, a Nova Zelândia mantém sob observação dez estudantes que, "provavelmente", contraíram a doença durante uma viagem da escola ao México. De acordo com o ministro da Saúde, Tony Ryall, nenhum estudante está seriamente doente e não há confirmação da gripe.
No Oriente Médio, o Ministério da Saúde de Israel mantém sob observação, em um hospital da cidade de Netânia, a norte de Tel Aviv, um homem de 26 anos que voltou do México com sintomas da gripe. A ordem é para que toda pessoa com suspeita de gripe seja mantida em quarentena até o diagnóstico final.

Doença
O vírus da gripe suína identificada no México é do tipo influenza A --uma variação do H1N1-- e é transmitido de pessoa para pessoa. Ele possui DNA de vírus de aves, porcos e humanos, com elementos de vírus suínos europeus e asiáticos. Os sintomas são febre superior a 39ºC que aparece repentinamente, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para evitar o contágio, é recomendado usar máscara, não cumprimentar com a mão nem com beijo e evitar as aglomerações de pessoas.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA informou que o remédio antigripal Tamiflu --cujo nome genérico é oseltamivir-- e o Relenza --Zanamivir-- parecem ser eficazes contra a doença.

Diagnóstico
Há suspeitas de que o México tenha perdido dias ou semanas valiosos para identificar essa nova variação da gripe suína. De acordo com a agência Associated Press, a primeira morte causada por essa variação de gripe suína aconteceu no Estado de Oaxaca, no último dia 13, mas o México só enviou amostras de mucosa para análise cinco dias depois.
Naquele mesmo dia, o governo mexicano enviou equipes de profissionais da saúde a hospitais para procurar mais pacientes com gripe severa ou sintomas de pneumonia. Eles perceberam, então, que estavam morrendo principalmente pessoas com 20 a 40 anos, embora os idosos e as crianças sejam as vítimas mais comuns das gripes --o mesmo ocorreu na gripe espanhola, que matou ao menos 40 milhões de pessoas entre 1918 e 1919.
De acordo com o secretário de Saúde mexicano, José Cordova, os laboratórios do país não tinham dados suficientes para detectar a variação inédita do vírus. Para o México, foi só na quarta-feira passada (22) os casos deixaram de ser tratados como remanescentes da época da gripe, que vai de janeiro a fevereiro, para ser casos de um vírus inédito.

sábado, 25 de abril de 2009

Viver no Limite Adolecente: Pelo bem das próximas gerações


Estabelecer limites para os adolescentes de hoje é uma das garantias de que o país terá líderes éticos no futuro. A tarefa cabe a pais e escolas - em conjunto

Cenas de violência não se passam apenas nos cenários pobres de escolas públicas: acontecem também em escolas de classe média, freqüentadas por jovens de famílias econômica e culturalmente privilegiadas. Aí o problema pode ser até mais difícil, pois os professores dessas escolas têm a expectativa de que seus alunos tragam de casa uma educação adequada - e sentem-se despreparados para lidar com alunos agressivos e sem limites. Mas não adianta lavar as mãos nem clamar aos céus, com a alegação de que a escola não pode tomar a si a responsabilidade que a família não assume. Ainda é dentro de seus muros que esses jovens passam a maior parte do tempo, e essa oportunidade não pode ser desperdiçada.
É na adolescência que se desenvolve plenamente a capacidade de raciocínio abstrato, e é esse o melhor momento para firmar o compromisso com valores morais como a tolerância pelo diferente, o amor à justiça, o sentimento de solidariedade e a compaixão. É verdade que a escola não pode se encarregar de todos os aspectos da formação de seus alunos, mas é indesculpável que não faça tudo o que estiver ao seu alcance. As situações de violência não devem passar impunes, as agressões não podem ser ignoradas. Mas o castigo é parte do processo educativo, e não uma vingança ou penitência: deve ser contingente (isto é, aplicado logo depois da falta cometida), ligado à transgressão e, de preferência, oferecer a possibilidade de reparação do erro. Se a violência teve a forma de depredação de bens da escola, por exemplo, o aluno deveria ser levado a consertar o que quebrou; se foi agressivo com colegas ou professor, deveria ser orientado a fazer um trabalho sobre violência. É preciso lembrar que, quando um aluno tem um comportamento agressivo, a violência que ele expressa não está só nele: ele é protagonista de todo o seu grupo. Sua expulsão não elimina a violência da escola, apenas a exime de lidar com a questão. A escola deveria aproveitar o episódio de violência para levar todo o grupo a refletir sobre a ética da convivência. Há excelentes filmes (veja indicações abaixo) que podem ser usados para mobilizar nos jovens os sentimentos de empatia e solidariedade. O ideal seria que os alunos assistissem a esses filmes na própria escola, junto com educadores (professores ligados ao tema e orientadores) e, se possível, também os pais. Antes da projeção, deve ser feita uma breve contextualização do tema do filme e, logo após, um debate ligando a ficção com a realidade.
Nessa área, é imprescindível uma parceria verdadeira entre escola e família. Infelizmente, na maioria das vezes, essa aliança é superficial, carregada de hipocrisia. Diante de uma crise importante, dificilmente os pais do aluno problemático e os gestores da escola podem de fato dar-se as mãos em prol do jovem: a tendência da escola é expulsar o aluno, com a alegação (em geral verdadeira) de que os pais dos outros alunos não tolerariam deixar seus filhos numa escola que eles consideram conivente com o aluno faltoso. Mais produtivo seria que a escola e os pais trocassem informações a respeito do comportamento do aluno. Para a escola, será útil conhecer as normas da família sobre disciplina, saber a atitude dos pais com relação a punições e ao uso da autoridade, saber como o aluno se relaciona com os irmãos e que tipo de lazer os pais oferecem. A escola, por sua vez, conhece, melhor do que os pais, o comportamento social do jovem. Essa troca de informações permite uma programação conjunta de atividades (leituras, discussões, escolha mais cuidadosa de videogames etc) dentro e fora da escola, que poderão ajudar o aluno a rever e mudar sua atitude inadequada.
É importante lembrar que, se esses jovens correm alguns dos mesmos riscos que os economicamente menos privilegiados, em suas mãos a sociedade talvez corra riscos até maiores: estatisticamente, é dentre esses alunos que sairão os políticos e empresários da próxima geração, é desse grupo que sairá a maior parte das autoridades e líderes que comandarão o país. Essa é a hora de encontrar canais adequados para o inconformismo e a rebeldia, esse é o momento de apontar espaços de atuação onde a contestação própria da adolescência contribua, de fato, para melhorar o mundo. Para dar vazão à inquietação adolescente, é preciso levá-lo a desempenhar atividades significativas, como participação em programas solidários, que rompam a barreira do individualismo e façam com que ele se sinta parte de uma comunidade maior.
Não podemos deixar que eles acreditem que o mundo é feito de corrupção e violência, e que nele só os valentões e os espertalhões levam vantagens. Para lutar contra a paralisia e o cinismo de que tanto nos queixamos, não há momento mais propício do que a adolescência, não há espaço mais adequado do que a escola.
FILMES
Abaixo, as indicações de Lidia Aratangy para exibições na escola.
Jamaica Abaixo de Zero
Direção: Jon Turteltaub
Aparentemente, um filme sobre o espírito esportivo. Mas é também uma obra-prima sobre a solidariedade, o espírito de equipe e o respeito a si mesmo e ao outro. Fundamental.

O Clube da Felicidade e da Sorte
Dieração: Wayne Wang
A história de quatro imigrantes chinesas nos Estados Unidos serve de pano de fundo para lidar com o choque de gerações e o preconceito.

O Banquete de Casamento
Direção: Ang Lee
O filme aborda a questão da homossexualidade masculina de maneira leve, levando o espectador a se identificar com os personagens, abalando assim os estereótipos sobre o amor e a sexualidade.

O Sol É para Todos
Dieração: Robert Mulligan
Um dos mais pungentes libelos contra o preconceito que o cinema já produziu.

Glória Feita de Sangue
Direção: Stanley Kubrick
Um filme sobre a irracionalide humana, que mostra o desvario das guerras e do conceito de heroísmo.

Este Mundo É dos Loucos
Direção: Philippe de Broca
A metáfora dos loucos que tomam conta da cidade abandonada provoca o questionamento sobre a inversão dos conceitos de sanidade e doença em nossa cultura.

O Inventor de Ilusões
Direção: Steven Sodesbourgh
Relata a saga de um garoto cuja mãe sofre reiteradas internações para tratamento de saúde. O menino vive com o pai em um quarto de hotel, em St. Louis, e passa por vicissitudes para lidar com a solidão, o desamparo e a fome.

Grand Cannyon
Direção: Lawrence Kasdan
Choque de gerações e de valores, num filme denso e emocionante.

Sociedade dos Poetas Mortos

Direção: Rob Reiner
O professor apaixonado e criativo leva seus alunos (e a plateia) a indagações sobre o significado do conhecimento e a importância da cultura.

O Feitiço do Tempo

Direção: Harold Banis
A história aparentemente despretenciosa do repórter ranzinza e egoísta que se transforma com a repetição reiterada de um único dia de sua vida evoca temas fundamentais como a solidariedade e o preconceito.

Edward Mãos de Tesoura

Direção: Tim Burton
Recorrendo ao mito do rapaz que possuia duas tesouras no lugar das mãos, o filme trata com sensibilidade de questões como o desajeitamento do adolescente e o preconceito.

Todos os Corações do Mundo
Direção: Murilo Sales
O futebol serve de veículo para retratar diferentes expressões da emoção e momentos de solidariedade e confraternização.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Lançamentos literários reforçam a lenda de Che Guevara


"Evocação - minha vida com Che" é o relato de sua viúva e mãe de quatro de seus filhos, Aleida March, sobre os oito anos que viveram juntos

Nos 50 anos da revolução cubana, em meio a uma esperada reaproximação com os EUA, o comandante Che Guevara está mais presente que nunca, e não apenas em camisetas e bottons. Além do ótimo filme ("Che"), com impressionante interpretação de Benício Del Toro, novos livros foram lançados sobre o eterno e ultracarismático guerrilheiro.

"Evocação - minha vida com Che" é o relato de sua viúva e mãe de quatro de seus filhos, Aleida March, sobre os oito anos que viveram juntos. Escrito quarenta anos depois da execução de Che na Bolívia, o livro traz fatos, fotos, documentos, poemas e especialmente cartas inéditas, em que se revela seu lado mais afetuoso e menos conhecido.

O duro e irredutível braço direito de Fidel Castro nunca havia, afinal, perdido a ternura. O que não significa que sua vida de casado tenha sido um mar de rosas. No governo cubano, na Rússia, Congo, Argélia ou finalmente na Bolívia, Che Guevara vivia acima de tudo para a revolução, com pouco tempo para idílios domésticos.

Mesmo assim, o depoimento de Aleida é muito precioso - ela mesma era uma revolucionária bastante corajosa, tendo conhecido o futuro e lendário marido em meio a tiros e explosões. Seu tom não cede a sentimentalismos, muito ao contrário. Orgulhosa de sua história, Aleida escreve como quem olha nos olhos do leitor.

"De Ernesto a Che", de Carlos "Calica" Ferrer, é também um depoimento pessoal. "Calica", amigo de infância do jovem asmático Ernesto Guevara de La Serna, conta como foi a viagem que fizeram pela América Latina, um ano depois daquela que ficou famosa no filme "Diários de Motocicleta" e no livro "De Motocicleta pela América do Sul" (Sá Editora).

Com pouquíssimo dinheiro mas muita disposição, partem num trem em Buenos Aires e vão para a Bolívia, atraídos pela revolução social por que passava o país. Depois vão ao Peru e Equador. O destino final seria a Venezuela, onde Che assumiria um posto num hospital de leprosos.

O livro, mais indulgente e descompromissado, é pródigo em anedotas, mas também mostra como Che, já um estudioso de Marx, Freud e Lênin, consolidava sua consciência social diante da miséria de índios e negros que testemunhava no caminho, e se preparava para lutar contra toda e qualquer injustiça a que estavam expostos os povos latino-americanos.


"De Ernesto a Che", de Carlos "Calica" Ferrer, é relato pessoal em que o autor conta como foi a viagem que fizeram pela América Latina

Biografias
Quem quiser se informar mais detalhadamente sobre a vida de Che Guevara tem duas excelentes opções: "Che - a Biografia" (Objetiva), do jornalista e correspondente de guerra John Lee Anderson, e "Che Guevara: a vida em vermelho" (Companhia das Letras), do estudioso mexicano Jorge G.Castañeda.

Curiosamente, os dois livros foram lançados quase simultaneamente, em 1997, frutos de pesquisas exaustivas, que correram paralelamente. Fica inevitável compará-los.

O primeiro é tido como mais completo. Anderson, conhecido por sua cobertura dos conflitos no Oriente Médio, ficou cinco anos morando em Cuba e entrevistou, entre tantos outros, Aleida March, que até então se mantivera em silêncio.

O nível de detalhamento de seu livro caudaloso (920 páginas, incluindo notas e bibliografia) impressiona. No longo trecho sobre a campanha na Sierra Maestra, é como se estivéssemos lá, vivendo nas difíceis condições dos guerrilheiros, lado a lado com Che, Camilo Cienfuegos e outros heróis menos famosos.

Acompanhamos os próprios pensamentos de Che, através de trechos escolhidos de seus diários - alguns inéditos, em que fica ainda mais clara sua ética de coragem e determinação e também seu lado absolutamente objetivo, por vezes implacável.

Não à toa, Anderson foi o principal consultor do filme de Steven Soderbergh.

O livro de Castañeda, por sua vez, é também bastante detalhado, mas adota um tom mais fluido, agradável, e se lê quase como romance. É mais curto também ("só"630 páginas), e portanto mais indicado para quem desanima diante de calhamaços.

Quadrinhos

O idealista do "Homem Novo", cantado em verso, cinema e prosa, foi parar também nos quadrinhos. A Conrad lançou recentemente o excelente "Os últimos dias de um herói", do argentino Hector Oesterheld e os uruguaios Alberto e Enrique Breccia, em que um desenho expressivo, feito de contrastes, retrata a malfadada campanha boliviana do filho de Célia Guevara.

O livro foi originalmente lançado com estrondoso sucesso em 1968, três meses depois da morte de Che, mas proibido em 1973. Por conta dele, em 1977 Oesterheld e suas quatro filhas foram barbaramente torturados e mortos pela ditadura argentina. A presente edição traz prefácio comovente de Ernesto Sábato.

"Che - uma biografia"
, por sua vez, é uma curiosa transposição para o universo dos mangás da incrível história do "mais completo ser humano de nossa época", nas palavras do filósofo Jean-Paul Sartre. O autor é o coreano Kim Yong-Hwe.

E mais

Há ainda outros livros importantes para se conhecer a vida e obra do mito nascido em Rosário. O principal deles talvez seja, por motivos óbvios, "O Diário de Che na Bolívia", da Record. Também sobre a guerrilha que resultou em sua morte, aos 39 anos, há "Che Guevara e a luta revolucionária na Bolívia" (Xamã Editora), do historiador carioca Luiz Bernardo Pericás, que ainda escreveu "Che Guevara e o debate econômico em Cuba" (Xamã) e "Um andarilho das Américas" (Editora Elevação). Sobre o Che estrategista, fundamental para a derrubada do regime de Fulgêncio Batista, especialmente depois da tomada de Santa Clara, há "Comandante Che" (Globo), de Paul Jaime Dosal.

domingo, 19 de abril de 2009

ALBERT EINSTEIN



Albert Einstein

Com o desenvolvimento da teoria da relatividade restrita (1905) e da teoria da relatividade geral (1914-1916), Einstein inaugurou uma nova concepção física do mundo com a qual rebateu os alicerces da física clássica, aceitos desde Isaac Newton (1643-1727): os conceitos de espaço e tempo absolutos. A teoria da relatividade relaciona o espaço e o tempo com a gravitação (força da gravidade); estas dimensões surgiram com a matéria e o cosmos e não devem ser entendidas como dimensões absolutas, mas como uma continuidade quadridimensional do espaço-tempo. Todo o movimento deve ser observado em relação a um determinado sistema de referência; disso resulta que o tempo depende da velocidade do movimento relativo. Einstein resumiu a teoria da relatividade em sua famosa fórmula matemática E = mc2, na qual "E" é a energia, "m" a massa e "c" é a velocidade da luz. Essas relações entre a massa e a energia, que Einstein calculou teoricamente, foram confirmadas por experiências práticas no âmbito da física atômica. Sua conseqüência mais espetacular consistiu no desenvolvimento das armas atômicas, que Einstein criticou durante toda sua vida. Em 1921, este excelente cientista recebeu o Prêmio Nobel da Física, apesar de não lhe ter sido atribuído por sua teoria da relatividade, mas pela explicação do efeito fotoelétrico por meio da teoria quântica. Este efeito consiste na liberação de elétrons resultante da incidência da luz sobre diversos metais. Desse modo, Einstein descobriu que a luz se compõe também de "quanta" e que, em função da amplitude da onda associada, libera maior ou menor número de elétrons; por sua vez, a energia dos elétrons depende da amplitude de onda e da energia dos "quanta". Foi esta a base para uma teoria quântica da radiação, donde se infere que as radiações eletromagnéticas são compostas necessariamente por pequenas porções de matéria — dualidade onda-partícula. Einstein também assumiu sua posição em relação a algumas questões políticas. Sua condição de judeu, pacifista e socialista colocou-o numa situação cada vez mais incômoda na Alemanha, obrigando-o, em 1933, em pleno período nazista, a emigrar para os EUA. Em 1939, falou com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt acerca da possibilidade de desenvolver armas atômicas, já que acreditava que os cientistas alemães estavam trabalhando na criação da bomba atômica. Deste modo, indiretamente, deu o primeiro passo em direção ao projeto norte-americano "Manhattan", dirigido por Robert Oppenheimer, cujo objetivo era a construção da bomba atômica. Após a Segunda Guerra Mundial, Einstein empenhou-se em advertir contra os perigos ocasionados pela utilização de armamento nuclear.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O Direito do Fumante e do não Fumante!


Cientista e médica divergem sobre direito de fumantes


Fabiana Leal

Prevista para ir a votação na Assembléia Legislativa de São Paulo nesta terça-feira, a lei que proíbe fumar em locais fechados de uso coletivo, como bares e restaurantes, divide especialistas no assunto. O cientista político Diogo Costa, integrante do projeto Ordem Livre, fundado sob os princípios do liberalismo, diz que a proibição do fumo em locais fechados de uso coletivo, é uma violação dos direitos individuais de propriedade, significa o desvio dos recursos que deveriam garantir a segurança pública e indica a tentativa de infantilizar a sociedade. A cardiologista Jaqueline Scholz Issa, coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor), defende que a dependência gera falta de controle e isso acaba com o bom senso do fumante.

"Eu acho que esse tipo de iniciativa é a infantilização da sociedade. Os políticos acham que somos crianças que precisam ser vigiadas 24 horas por dia. Não tratam a sociedade como adultos responsáveis, mas acreditam que alguém precisa decidir por ela", diz Costa.

A cardiologista afirma que 90% dos fumantes são viciados, o que os acarreta uma falta de controle, contra 10% que fumam por hobbie. Segundo ela, o dependente do cigarro não tem bom senso para avaliar o local mais adequado para fumar e não respeita os não-fumantes. "Por conta disso que tem de ser feita uma lei."

"Como são fumantes, nem todos têm bom senso. O fumante não tem conceito de liberdade, pois ele é adicto (dependente). É escravo dessa situação. É óbvio que ele vai fumar até dentro do hospital. Tem casos de pessoas que precisam passar por cirurgia, mas vão ao banheiro (para fumar) e o alarme dispara. A dependência suplanta o entendimento. A diferença entre ser consumidor e adicto é a falta de controle", afirma.

Segundo o cientista político, existe diferença entre legislar sobre locais públicos e privados. Conforme ele, "não existe nenhuma violação no local privado. Mas o direito da sociedade está sendo violando quando o governo intervém. É também um grande desperdício de recursos policiais quando têm pessoas destinadas a fiscalizar e coibir".

Para ele, o governo de São Paulo tem de intensificar as ações para reduzir crimes ao invés de tentar coibir os comportamentos pessoais. "É um desvio de recurso grande, no momento em que deveriam estar centralizados na violência, na agressão à vítima. O fumante seria a própria vítima e próprio agressor."

A coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor, afirma que a lei proposta pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB) está demorando para ser votada. Segundo ela, em países que já adotaram essa medida, "os impactos são muito notórios".

"Cada vez que a sociedade restringe, há uma redução no consumo. Isso é uma escada. Restringir o fumo no ambiente fechado vai reduzir o número de adolescentes que começam a fumar, pois a prática geralmente começa em bares e restaurantes. Isso vai impactar no comportamento dos jovens", afirma a médica.

A Assembléia Legislativa de São Paulo realizou na última terça-feira uma audiência pública para debater o PL 577/2008, de autoria do governador José Serra, que proíbe o consumo de cigarro em recintos de uso coletivo fechado e cria ambientes de uso coletivo livres de tabaco. Além dos parlamentares, participaram do debate representantes de diversas entidades do setor de bares, restaurantes e hotéis, advogados e médicos, como Drauzio Varella.

Proibição em Americana
Em março, os vereadores de Americana (SP) aprovaram, em segunda discussão, projeto de lei do vereador Cauê Macris (PSDB), que proíbe a utilização de cigarros, cigarrilhas e cachimbos em locais públicos ou privados de uso coletivo. O projeto, que é uma adaptação da proposta apresentada por Serra, deverá ser sancionado em breve pelo prefeito Diego De Nadai (PSDB), que já se mostrou favorável à aprovação.

terça-feira, 14 de abril de 2009

ACIDENTES NO FERIADO


Mortes nas estradas federais do país crescem 13% no feriado

Balanço divulgado na tarde desta segunda-feira pela Polícia Rodoviária Federal aponta um crescimento de 13% do número de mortes nas estradas federais durante o feriado de Páscoa, totalizando 85 mortes desde a 0h da quinta-feira (9) até a meia-noite do domingo (12). No mesmo período no ano passado, 75 pessoas morreram em acidentes de trânsito nas estradas federais.
O número de acidentes registrados também foi 13% maior em 2009, subindo de 1.657, em 2008, para 1.873 neste ano. Mais pessoas também se feriram durante este feriado prolongado, informou a PRF. Em 2009, foram 1.144 feridos, contra em 1.043 em 2008, o que representa um acréscimo de 10%.
O Estado de Minas lidera o ranking no número de acidentes no feriado, com 300 acidentes e 199 feridos. O segundo Estado com mais acidentes é Santa Catarina (264 acidentes), seguido por Rio Grande do Sul (193), São Paulo (138) e Rio (131).
Minas também foi o Estado com o maior número de mortes nas estradas federais: 13, ao todo. Já a Bahia registrou nove óbitos no feriado prolongado, seguido por Goiás (8), Rio, Paraná e Santa Catarina --com sete mortes registradas em cada Estado-- e São Paulo (5).
Prisões
Ao longo do feriado, 370 motoristas foram presos em flagrante após serem reprovados nos etilômetros --equipamento que aponta a quantidade de álcool no organismo do motorista. Durante o feriado, a PRF realizou quase 30 mil testes de embriaguez nas estradas federais de todo o país.
No mesmo período do ano passado, 219 motoristas foram presos por dirigir sob efeito de álcool.

sábado, 11 de abril de 2009

TERREMOTO NA ITÁLIA


Começa na Itália funeral dos mortos em terremoto

L'Aquila (Itália)
Os funerais de Estado pelas 289 vítimas do terremoto da segunda-feira passada começaram hoje em L'Aquila com a leitura de uma mensagem do papa Bento 16 através de seu secretário pessoal, Georg Gaenswein, e perante milhares de familiares e moradores da região.

O secretário de Estado, Tarsicio Bertone, que oficia a cerimônia junto ao arcebispo de Abruzzo Guisseppe Molinari, assegurou durante a homilia: "Nos inclinamos perante o enigma indecifrável mas é também uma ocasião preciosa para entender qual é o valor e o significado da vida".

Participam do funeral, entre outros, o presidente da República, Giorgio Napolitano, e o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, quem pouco antes do ofício religioso conversou com os desconsolados familiares.

Os caixões estão dispostos em quatro fileiras, numerados e com ramos de flores sobre eles.

A Praça de Armas da Escola da Guarda de Finanças, onde se celebra a cerimônia, está repleta de pessoas, às quais se somaram todos os vizinhos do povoado de Onna, onde morreram 45 pessoas dos cerca de 300 moradores.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SEXTA FEIRA DA PAIXÃO


Sexta-Feira Santa

A Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão, é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.

O Cristo crucificado, por Diego Velázquez
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira de lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.

Igreja Católica

Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é um dos raros dias em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.

Celebração da Paixão do Senhor

No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.
A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor cor vermelha, a celebração segue esta estrutura:

Senhor Morto, escultura barroca do século XVIII, Matriz de Pirenópolis
entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar.
oração colecta.
Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), aclamação ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma dialogada).
Homilia e silêncio de reflexão.
Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
Adoração da Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e adorada ao som de cânticos.
Pai Nosso
Comunhão dos fiéis presentes. Toma-se pão consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
Oração depois da comunhão.
Oração sobre o povo.
Obs: Em muitas cidades históricas como: Paraty, Ouro Preto e Pirenópolis, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que são cantados motetos em latim.
Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.
A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O facto de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo Pascal.
Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas.

Sinais de penitência

A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne.
Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

AMAZÔNIA PEDE SOCORRO


O Desmatamento Ilegal da Amazônia

A Amazônia, que antes era um terreno florestal que abrigava inúmeras espécies de animais, aves e índios; transformou-se em uma área destinada à agropecuária, produção de grãos e centro urbano. Estima-se que, se nenhuma providência for tomada, em 40 anos a Amazônia estará totalmente desmatada.

Muitas pessoas já foram vítimas de grande violência por tentarem defender a terra, os índios Manokis, por exemplo, foram expulsos do seu território e outros 170 povos que ali residiam. Tudo começou em 1970, quando a ditadura militar decidiu ocupar o território para não correr o risco de perdê-la. Milhares de pessoas, de todos os lugares do país, chegavam para trabalhar nas terras, mas a maioria morria ou voltava para a terra natal por falta de recursos. Os que conseguiram permanecer nas terras fizeram queimadas para cultivar seu alimento.

Havia e ainda há vários fazendeiros e especuladores interessados em apropriar-se de um pedaço de terra da Amazônia e isso, além de desmatar o que formalmente deveria ser preservado, provoca várias mortes, pois a busca incansável por terras os leva a cometer crimes ambientais e contra a vida humana.

Algumas empresas renomadas também participam da destruição da Amazônia, pois ao comprarem matéria-prima ou qualquer tipo de material ilegal contribuem para que essa ação seja continuada e o ambiente altamente prejudicado. Sem falar que a floresta ameniza o aquecimento global, retendo e absorvendo o dióxido de carbono, limpa a atmosfera, traz circulações de águas, entre outros benefícios que estão sendo inibidos por pessoas sem escrúpulos.
É necessário que medidas rígidas e severas sejam tomadas para o bem da nação e da vida humana, que necessita da Amazônia para amenizar o estrago feito pelo homem.

terça-feira, 7 de abril de 2009

KISS NO BRASIL


Kiss

Kiss (ou KISS) é uma banda de hard rock dos Estados Unidos, formada em Nova York em 1973. Conhecida mundialmente por suas maquiagens, e por seus concertos muito elaborados e até exagerados que incluem guitarras esfumaçantes, cuspir fogo e sangue, pirotecnias e muito mais. As vendas da banda excedem os 100 milhões no mundo inteiro.
Constitui um dos maiores impactos culturais da década de 1970, valendo-se de roupas, e sobretudo, maquiagens nunca antes vistos, e que marcariam a história da música. Seus dois fundadores são Gene Simmons (Baixo e Vocal) e Paul Stanley (Guitarra Rítmica e Vocal), que ficaram frustrados com o fim de uma banda que formaram, chamada Wicked Lester, assim, decidindo procurar novos integrantes para uma nova banda, encontraram tais integrantes através de anúncio de jornal, Ace Frehley (Guitarra Solo e Vocal) e, pela revista Rolling Stone, Peter Criss (Bateria e Vocal).

História
Primeiros Anos


Depois do fim do grupo Wicked Lester, Paul Stanley e Gene Simmons decidiramm criar uma nova banda para ser um super grupo e para isso colocaram anúncios e em jornais e revistas para achar novos músicos. A um destes anúncios respondeu o baterista Peter Criss para fazer o teste como o rapaz estava bem vestido, e pergunta: "Se num show a gente lhe pedir para ir fantasiado de mulher, você vai?", com uma resposta afirmativa ele entra na banda. E precisavam de mais um integrante e para a banda. no dia do teste aparece um rapaz que chega cortando fila, e vestido de forma estranha, com um tênis de cada cor, calça rasgada. Gene até achou que era um mendigo não fosse ele estar segurando uma guitarra. E o alertaram que ele não podia cortar fila e ele se dirigiu ao final da fila, mas quando chegou a sua vez, ele impressionou a todos e assegurou um lugar na banda seu nome era Ace Frehley.
Faltava um nome, escolheram o nome inspirado num concurso de Nova Iorque, Kiss. E se inspiraram na banda New York Dolls e no rock-horror show de Alice Cooper para definir a atitude e figurino da banda. A maquiagem foi definida se baseando em elementos referentes a verdadeira personalidade de cada um. Gene Simmons adora filme de terror e assumiu uma maquiagem que o deixaria com cara de mal. Paul pintou uma estrela em seu olho direito pois sonhava em ser um astro do rock. Ace concebeu sua maquiagem baseada no espaço sideral e numa estética futurista por ser uma pessoa "aérea" e dispersa. Por adorar felinos, Peter adotou uma imagem de homem-gato, acredita ainda que tenha sido um gato em outras encarnações.
Eles assumiram essa personalidade como sendo essencial para o sucesso do grupo, escondendo assim por anos a fio a verdadeira identidade de seus músicos. Para definir o figurino da banda, mesclaram elementos de super-heróis em quadrinhos com personagens do teatro japonês. Usando botas com saltos enormes que davam um ar de super heróis titânicos ao grupo e se tornariam então: "The Starchild" (Paul Stanley), "The Demon" (Gene Simmons), "Space Man" (Ace Frehley) e "The Catman" (Peter Criss).
Uma coisa que se tornou um ícone da banda é a língua de Gene Simmons e para os shows efeitos especiais sonoros, de luzes e fumaça aliados a velas acesas e um imenso letreiro luminoso contendo o logótipo da banda. Em 1973, na cidade de Nova Iorque aconteceria o primeiro show de grande porte do Kiss. Para tanto, eles contrataram a popular banda Brats para abrir o show e mandaram convites a imprensa em nome do Kiss e como já não bastasse, mesmo endividados até o último fio de cabelo, alugaram uma limusine para chegar ao local do show em grande estilo. Tudo isso para tentar passar ao público e a imprensa a imagem de que o Kiss já era uma banda famosa. Continuaram fazendo concertos pelas noites de Nova Iorque, tocando músicas próprias, quando em 1973 foram descobertos por Bil Aucoin e no mesmo ano assinaram contrato com a recém-inaugurada Casablanca Records.
Em 1974 lançaram seu primeiro álbum intitulado apenas Kiss com um toque de humor, sensualidade e provocação caracterizam a maioria das faixas do disco. Recheado de clássicos, que a banda tocou por toda a carreira. Para promover o disco, a gravadora realiza um concurso inspirado no mesmo que deu nome a banda. Ao som de "Kissin´ Time", um dos temas do disco, premiariam o casal que permanecesse mais tempo se beijando. O primeiro disco não chegou a ser um sucesso, assim como o segundo mais esta já obteve mais aceitação por parte do público, Hotter Than Hell, lançado no mesmo ano uma disco mais pesado com uma sonoridade mais agressiva. Na contra-capa surge uma foto de Paul Stanley fazendo sexo ao luar com uma prostituta, outra de Peter Criss também realizando a mesma ação e de Gene Simmons com uma taça de vinho, inferindo um banquete. Durante os shows várias características ficariam marcadas, como as danças sensuais, pulos balançar dos longos cabelos. O Kiss era uma banda destinada apenas em divertir as pessoas, falavam de amor, sexo, festa e rock'n roll em suas músicas mas mesmo assim adotariam atitudes que serviam de contestação como quebrar instrumentos e balançar a cabeça, coisas já feitas por outras artistas. Mas a banda também criou atitudes que se tornaram as mais esperadas durante os shows. Além de movimentar vorazmente a sua língua para provocar o público, Gene Simmons praticaria números de cospe-fogo e cospe-sangue e voa no meio dos shows.
Para o cospe-fogo Gene Simmons, com querosene na boca, pega uma tocha em forma de espada formando uma enorme chama. E para o cospe-sangue lentamente pequenas gotas de sangue começam a escorrer pelo canto da boca, até se transformar em um jorro abundante. Como trilha sonora para esta atitude, Gene toca seu baixo, utilizando efeitos de eco e distorção, além do som de correntes sendo arrastadas e de vento, o que cria uma atmosfera tensa. E além destes a banda também usa varias outros números como a guitarra de Ace Frehley que no meio do solo começa a soltar fumaça e vários rojões e depois começa a voar. A bateria também voa nos shows. A partir de Hotter Than Hell Tour, uma mensagem acompanha todos os shows da banda. Sempre ao início de cada apresentação, um mestre de cerimônias berra a seguinte frase: "You Wanted the Best and You Got the Best. The Hottest Band in the World, Kiss!" - , traduzindo: "Vocês querem o melhor e vocês terão o melhor, a banda mais quente do mundo, Kiss". Esta repetição constante de mensagem tornou-se emblemática na carreira da banda.
Em fevereiro de 1975, lançaram Dressed To Kill, disco que continha composições da época do Wicked Lester ("Love Her All I Can" e "She"), e foi neste disco que gravaram o clássico "Rock And Roll All Nite". Dressed to Kill é mais um álbum em que a capa se tornou curiosa. Na foto aparecem os integrantes, devidamente maquiados, vestidos de terno e ainda pode notar-se que o terno de Gene Simmons é mais curto do que deveria ser, isso ocorreu porque a roupa que Gene vestia era do próprio dono da Casablanca Records. Isso devido ao fato de que mesmo diante de toda a produção, a banda ainda não tinha dinheiro suficiente para viver. Todos os demais ternos utilizados na foto foram emprestados por amigos ou parentes. Era o começo do estrelato de uma das maiores bandas dos anos 70's.

Sucesso

Aproveitando o momento de sucesso em 1975 lançaram Alive!, primeiro álbum da banda a obter Disco de Ouro. Kiss foi uma das primeiras bandas a lançar um álbum duplo gravado ao vivo. Alive! foi um marco para a indústria fonográfica e para a banda que anos depois lançou Alive II; em 1993, o Alive III; e em 2003, o Symphony: Alive IV, em um concerto que ocorreu junto com a Orquestra Sinfônica de Melbourne. Mas nenhum deles superou o enorme sucesso que foi o Alive!.
Com o sucesso estrondoso de Alive! o Kiss entrou em estúdio para gravar um novo álbum, e em 1976 lançaram Destroyer, outro grande sucesso (a essa altura os 3 primeiros discos já haviam se tornado sucessos). A capa de Destroyer apresenta paradigmas típicos de revista em quadrinhos, retratando, através de uma ilustração, a imagem da banda como super-heróis que invadem Nova York ao cair da noite. Com Destroyer vem mais hits como "Detroit Rock City", "God Of Thunder" e a balada "Beth" composta por Peter Criss, um dos grandes sucessos do Kiss até hoje. O disco foi produzido por Bob Ezrin. A partir dai o Kiss ficou conhecido mundialmente, como Europa e principalmente Japão, com o susseco no Japão a gravadora lança um box The Originals.
Com o sucesso o Kiss começa a aparecer freqüentemente nas TV americanas e vai criando uma legião de fãs apaixonados pela banda. Nesta fase, surge o empresário Bill Aucoin, renomado profissional que passa a controlar os negócios do Kiss, desde posters até camisinhas. Funda-se o Kiss Army, exército de fanáticos em todo o mundo que são comandados pela própria banda.
No segundo semestre do mesmo ano lançaram Rock And Roll Over com hits como "Hard Luck Woman" e "I Want You". Com a Rock And Roll Over Tour, o Kiss vai pela primeira vez para o Japão, país onde seriam idolatrados. É um ano calmo para a banda, que, a esta altura já está incluída na categoria de super-grupo, devido a magnitude de seus shows.
Em 1977 lançaram Love Gun. Neste álbum Ace canta pela primeira vez. A música é "Shock Me". A capa do disco é novamente referência a personagens de quadrinhos, no desenho estão os quatro integrantes da banda como super-heróis, sendo adorados por um séquito de mulheres devidamente maquiadas. Em um dos concertos desta turnê, Gene Simmons mais uma vez queima o cabelo. No mesmo ano lançaram Alive II, mais um ao vivo, só que este possui no lado B do segundo disco com 4 músicas inéditas. Ace só gravou a guitarra uma dessas músicas, "Rocket Ride", que ele mesmo canta. As outras, quem gravou foi Bob Kulick, amigo pessoal da banda. Foi pedido a Bob Kulick que tocasse de forma similar a Ace, para que o som não soasse diferente. Nessa época já haviam muitos produtos do Kiss. A Marvel Comics lançou uma revista em quadrinhos do Kiss onde a tinta vermelha usada para fazer a revista tinha o sangue de cada um dos membros do grupo.
A turnê do Kiss começava a ganhar ares de monstruosa. Envolvia cerca de 50 pessoas na equipe, dentre elas havia um "batedor", cuja função era providenciar hotel, limusines e alimentação especial para cada um dos integrantes (Paul Stanley exigia comida japonesa, Ace preferia pratos vegetarianos, etc); um chefe de segurança; um produtor responsável pela movimentação da equipe e do equipamento; um manager de palco; um figurinista, responsável também pela maquiagem; um técnico em efeitos especiais; um técnico para guitarra, outro para baixo e um para bateria; três carpinteiros; um motorista; um tesoureiro e um produtor geral, responsável por toda a equipe. A parafernália usada nos shows não deixava por menos, eram: 16 toneladas de equipamento pessoal; 24 toneladas de som; 17 toneladas de luz; 18 toneladas de cenário. Tudo isso obviamente não ficava barato, e a produção se tornava milionária. Com o som e a iluminação eram gastos um milhão de dólares e só o custo do cenário estava avaliado em cerca de 1.100.000 dólares. Eram necessárias 24 horas de trabalho intenso para montar toda a estrutura do show. Tudo ficava pré-estabelecido nos contratos, desde a dimensão do local escolhido para a apresentação até caracterizações detalhadas sobre os camarins. E de escasso, o dinheiro passou a ser farto, nessa época a banda também já possuía seu próprio avião, chamado Of Course. Desde 1975 até 1980, o grupo Kiss já havia percorrido cerca de 3.000.000 km.
Em 1978 são lançadas duas coletâneas Double Platinum e no Japão sai o box The Originals II. E a banda alcança seu auge, dá um tempos no concertos e cada integrante decide lançar um álbum solo (mas ainda com a assinatura da banda), o que mostrava que o ambiente não era dos melhores e a vaidade de cada um falava mais alto na época. Esse foi o começo da saída de Peter Criss e Ace Frehley. Neste período, a banda começa a associar a sua imagem em quase tudo, o que fazia que ficassem cada vez mais populares e arrecadassem mais dinheiro. No mesmo ano, a banda é convidada a realizar um filme, com o propósito de serem transformados em super-heróis. Kiss Meets The Phantom Of The Park, tem o roteiro baseado em mostrar os quatro heróis travando uma luta contra um vilão de um parque de diversões que criou bonecos iguais a eles para fazerem o mal.

Fase Experimental e Declinio

Com a crise entre os membros um pouco controlada, convidam para o próximo disco o produtor Vini Poncia, o mesmo responsável pela produção do disco solo de Peter Criss. Eles deixam o rock pesado de lado e passam a flertar com a música disco (pop dançante). Em 1979, durante a gravação de Dynasty, os outros integrantes decidiram que Peter Criss não continuaria as gravações do álbum (pois já estava se afundando em álcool e drogas), e então convocaram Anton Fig (que havia tocado no álbum solo de Ace Frehley) para gravar o álbum. Apesar disso, não deixaram com que os fãs soubessem, tanto que Fig toca fora do seu estilo, seguindo mais a linha de Criss. Peter só chegou a gravar "Dirty Livin'", música que ele mesmo canta e que já estava pronta antes de decidirem que ele não deveria mais tocar no álbum. Esse disco trazia o hit "I Was Made For Loving You", que seguia levemente a tendência disco da época e fez um enorme sucesso, apesar de desapontar os fãs mais tradicionais da banda. Também contou com 3 músicas cantadas por Ace, uma delas, cover dos Rolling Stones, "2.000 Man".
Mais problemas começam a surgir, a banda continua a investir numa música comercial, em Unmasked, gravado ainda em 1979, mas lançado em 1980, Peter não participou da gravação de nenhuma música, e novamente, Anton Fig tocou em seu lugar. Peter Criss aparece tocando no videoclipe de "Shandi" e na capa de álbum, mesmo sem ter participado de nenhuma gravação. Logo após o lancamento do videoclipe, Peter Criss saiu da banda, e em seu lugar entrou o baterista Eric Carr, que participou da turnê do disco. Esse álbum, assim como o anterior, foi altamente atacado por ser mais pop que os anteriores.
Em 1981 para rebater as críticas sofridas e tentar finalmente agradar aos críticos mostrando que eram músicos competentes, o Kiss lança o criticadíssimo Music From "The Elder", também conhecido por apenas The Elder. Neste álbum, o Kiss muda radicalmente seu estilo, e não agrada ao público em geral. Pela primeira vez desde seu surgimento, via-se uma foto da banda com os integrantes de cabelos curtos e com roupas mais discretas, apesar de continuarem utilizando as maquiagens. Contrataram novamente o produtor Bob Ezrin (produtor do Destroyer), que idealizou o álbum. Ace (que gravou suas participações no disco em um estúdio montado em sua casa) e Eric não concordaram com o lançamento, diziam que não era Kiss. Eric Carr, baterista tradicional de rock, teve dificuldades em seguir as orientações rígidas do produtor em relação a percussão, sendo substituído na faixa "I" por Allan Schwartzberg, baterista autônomo que tocara no álbum solo de Gene Simmons. O álbum tinha como base ser um disco conceitual baseado na história de um menino que é escolhido para lutar contra as forças do mal. Todas as letras eram relacionadas a esse mesmo tema (recurso utilizado pelos grupos de música progressiva da época). Lou Reed, ex-Velvet Underground, ajudou a escrever três faixas: "Dark Light", "Mr. Blackwell" e "A World Without Heroes". Na verdade, esta mudança de posicionamento foi tomada não apenas como prova de competência musical, mas, sobretudo, como uma jogada estratégica para, como sempre, surpreender e chocar público e críticos. Por seu grande fracasso, este álbum não teve turnê, limitando-se à duas músicas executadas ao vivo durante um programa de televisão. Após isso, o Kiss só tocou novamente uma música desse álbum durante uma apresentação. Foi no MTV Unplugged, de 1996, 15 anos após o lançamento do álbum. Até hoje fans debatem se esse é o pior álbum ou um dos melhores da fase mascarada, com músicas de excelente sonoridade como The Oath e A World Without Heroes.

Ressureição

No começo de 1982, por insistência da gravadora, lançaram a coletânea Killers com 4 músicas inéditas, o álbum não foi lançado nos EUA. Ace não participou de nenhuma delas, Bob Kulick gravou as músicas em seu lugar. Um pouco antes das gravações de Creatures Of The Night, em 1982, Ace Frehley sofreu um acidente de automóvel e não pôde gravar o álbum e também por problemas com drogas e alcool, então vários outros guitarristas foram chamados para substituí-lo. Ace não toca em nenhuma música do álbum. Após o lançamento do álbum Ace participou do videoclipe de "I Love It Loud" que emplacou nos EUA, mas não tocou o solo da música, mas sim Paul Stanley. Após isso, saiu da banda, por problemas de alcoolismo e drogas. Ace foi substituído por Vinnie Vincent, conhecido da banda que já havia participado anteriormente da composição de algumas músicas e tocado no Creatures Of The Night. E a sonoridade mudou bastante estava muito mais pesada (inclusive, um dos recursos utilizados durante a mixagem do disco para conferir mais "peso" foi colocar o som da bateria bem alto). Vinnie participou da turnê, que terminou em 1983 com três concertos no Brasil. No Brasil ocorreu o maior público em um concerto do Kiss.

Era Sem Maquiagem e Retorno

Depois da turnê, o Kiss, em um golpe publicitário, decidiu tirar a maquiagem e lançar um novo álbum, Lick It Up. Este álbum marca um novo estilo musical no Kiss, o Glam Metal (estilo que o Kiss foi o principal precurssor). Essa Turnê passa por Portugal no dia 11 Outubro de 1983, e marca a história já que é o primeiro show de sempre da banda sem as maquiagens. Essa fase é demonstrada no lançamento da 2ª parte de DVDs da série Kissology que cobre os anos entre 1978 e 1991.
Após a turnê, Vinnie sai da banda, e Mark St. John, um guitarrista canadense, entra para gravar Animalize (1º disco do Kiss lançado simultâneamente em CD), mas devido a seu problema de artrite nas mãos não consegue gravar todas as músicas. Bruce Kulick, irmão de Bob Kulick, gravou essa última música. Na turnê, St. John não conseguia tocar durante o concerto inteiro, então Bruce Kulick era chamado para substituí-lo. Durante todo o tempo em que fez parte da banda, Mark St. John só conseguiu tocar um único concerto inteiro. No meio da turnê, Mark St. John sai definitivamente do Kiss, e Bruce assume seu lugar. Essa época tem como ponto marcante as roupas extremamente coloridas, chegando a lembrar Twisted Sister. Mark St. John morreu no dia 5 de abril de 2007, aparentemente de uma hemorragia cerebral. A doença que o impediu de continuar tocando era uma espécie de artrite que provocava inchaço nas mãos e braços.
Em 1985 lançaram o álbum Asylum, que teve a música Tears Are Falling, outro grande sucesso. Ainda no mesmo ano, Gene cria sua gravadora, Simmons Records. Depois de 1 ano sem lançar nenhum disco voltaram para o estúdio, e gravaram o álbum que seria lançado em 1987, Crazy Nights.
Depois de 10 anos o Kiss voltou ao Japão, em 1988, com a "Crazy Nights Tour", turnê do álbum Crazy Nights. Neste mesmo ano lançaram a coletânea Smashes, Thrashes & Hits, com duas músicas inéditas, Let’s Put The X In Sex e (You Make Me) Rock Hard e uma nova versão para Beth cantada dessa vez por Eric Carr.
No ano de 1989 Paul Stanley saiu em turnê solo pelos Estados Unidos, tendo em sua banda Bob Kulick na guitarra e Eric Singer na bateria. Ainda nesse mesmo ano, voltaram ao estúdio e lançaram o álbum Hot In The Shade que tem o hit Forever.

Era Revenge


Em Abril de 1991, Eric Carr, que havia substituído Peter Criss, descobre que possuia um raro tipo de câncer no coração. No dia 24 de Novembro, seis meses após descobrir a doença, morre. Após sua morte, é substituído por um baterista de mesmo nome, Eric, Eric Singer, que havia tocado na turne solo do Paul Stanley.
Ironicamente a morte de Eric Carr da uma nova vitalidade a Banda que começa a subir nas paradas e na opinião da crítica. Isso é comprovado com as altas nas vendas do então CD Revenge.
No ano seguinte, 1993, aproveitando a turnê de Revenge, lançaram mais um ao vivo, Alive III.
Em 1995, a MTV convida o Kiss a fazer um álbum acústico, da série Unplugged da MTV. Gravado no dia 9 de Agosto de 1995, nos estúdios da Sony, o álbum Kiss Unplugged contou com a presença dos integrantes originas, Peter Criss e Ace Frehley. O álbum ganhou uma versão em DVD e, posteriormente, um DVD sem cortes.O KISS já vinha fazendo essas apresentações em eventos organizados pelos fãs, as KISS Conventions, partido dai o interesse da Mtv em convidalos para o especial.

Reunião

O Kiss percebeu que seria uma boa ideia voltar à formação original e com as maquiagens. E foi assim, Gene e Paul, agora novamente com Peter e Ace, e as maquiagens, saíram em uma turnê mundial que recebeu o nome de Alive/WorldWide Tour. No primeiro concerto dessa turnê, no estádio do Tiger em Detroit, os 77 mil ingressos oferecidos foram vendidos em 45 minutos, a tour foi considerada a mais lucrativa de todo o biênio 1996 e 1997 apareçendo até mesmo na conceituada revista de economia, a Forbes. Em 1997 o Kiss lança Carnival Of Souls: The Final Sessions, mas ainda com Bruce e Singer.
Psycho Circus, lançado em 1998, volta com a formação original, e com uma nova turnê. Posteriormente foi lançada uma versão dupla do álbum, cujo segundo disco continha músicas gravadas durante um concerto da turnê. A "Psycho Circus Tour", turnê do álbum, teve dois concertos no Brasil, um em Porto Alegre no Jockey Club e outro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
No ano de 2000 o Kiss anuncia uma Farewell Tour, que seria a turnê de despedida da banda. No meio da turnê Peter Criss teve que se ausentar por problemas de artrite, e em seu lugar voltou o ex-baterista da banda Eric Singer, desta vez com a maquiagem de Peter. Após a turnê, que deveria ser a última, o Kiss decide fazer um novo álbum ao vivo, este que seria junto com a Orquestra Sinfonica de Melbourne.

sábado, 4 de abril de 2009

where did you sleep last night


onde você dormiu ontem a noite

Kurt Cobain



15 anos sem o Nirvana

Kurt Donald Cobain nasceu em Aberdeen(Seattle) no dia 20 de Fevereiro de 1967 foi o líder e vocalista da banda Nirvana

Os pais de Kurt, Donald, mecânico e Wendy, garçonete, eram um casal problemático e, após sua separação definitiva, Kurt Cobain, então com 7 anos, foi obrigado a morar com vários parentes em diferentes lugares diferentes.
Kurt Cobain foi uma criança super protegida. Tímido, ele tinha bronquite e costumava passar o dia todo desenhando sozinho.
Ou quase: ao seu lado, o tempo inteiro, estava Boddah, um companheiro invisível que ele havia inventado (e a quem, muito tempo depois, Kurt Cobain endereçaria seu bilhete de despedida - a carta de suicídio), como aquele tigrinho amigo do Calvin. kurt cobain nirvana fotos biografia
Hiperativo e com alguns problemas físicos decorrentes de uma bronquite crônica e de úlceras no estômago, era medicado com sedativos e outros remédios de tarja preta. Ainda assim, tinha problemas de concentração na escola e em casa. Continuava a viver de favor com alguns parentes e passava grande parte de seu tempo sozinho, ouvindo música, principalmente rock, desenhando e pintando.
Kurt Cobain cresceu se sentindo mais inteligente que os outros, mas cheio de inseguranças. Aos sete anos, começou a tomar, por prescrição médica, anfetaminas. Depois para contrabalancear sua hiperatividade, foram receitados ao garoto sedativos.
O metabolismo de Kurt Cobain dava início então a uma longa história de João Bobo devido as substâncias químicas. Kimberly, a irmãzinha, dava menos trabalho, mas a mãe, Wendy acalmava o Kurt Cobain que corria pela casa batendo tambor com sedativos que o faziam dormir como um anjinho. Ela encorajava os dotes artísticos do filho e protegia-o das das atividades físicas.
Em 1976, porém, depois que resolveu se separar, Wendy só aguentou ficar com 3 meses com Kurt Cobain. Revoltado com a separação dos pais, o garoto tinha passado o verão inteiro batucando seu tambor desesperadamente - e, imperdoável, não aceitara de maneira nenhuma o novo namorado da mãe. Passado adiante para o pai Donald, empregado de uma serraria, Kurt Cobain jamais se recuperou do baque. Sua vida só voltou a ter sentido aos 14 anos quando ganhou uma guitarra de presente e já na adolescência começou a freqüentar o mundo musical underground da região de Seattle.
Intratável na casa do pai e na da mãe, logo Kurt estaria se misturando com o pessoal do Melvins, uma espécie de precursora das bandas grunge, um som entre o punk e o heavy metal, que surgiriam depois, como o próprio Nirvana. Um tempo mais tarde gravou sua primeira fita demo, a Fecal Matter.

A mudança

Admitido no clube dos doidões da cidade, ele em 1985, conheceu Krist Novoselic- "Que tal um fumo?", perguntou o grandalhão, iniciando a amizade que mudou o rock. Aos 18 anos, Kurt largou a escola sem completar segundo grau e tomou heroína pela primeira vez. Com os amigos, pichou "Deus é Gay" numa igreja em Aberdeen, tornando-se pessoa "non grata" na área. Hora de mudar para a vizinha Olympia conhecida por seu ambiente de shows e bares de rock underground.
Instalado no apartamento da namorada Tracy Marander, Kurt ficava 8 horas por dia com a guitarra compondo, anfetaminadíssimo. A gastrite que o atormentou até o fim dos dias e que ele usou como desculpa para tomar heroína começou nessa época. Graças a um empréstimo de Tracy, o Nirvana gravou uma demo com Jack Endino.
O produtor indicou o grupo para o selo Sub Pop e, no primeiro encontro com a gravadora, um sóbrio Kurt Cobain disse que o trio era a melhor coisa surgida desde os Beatles. Impressionou.
Formam sua primeira banda em 1986, com o nome de Stiff Woodies, com Kurt Cobain na bateria e Krist Novoselic no baixo.
Esta banda teve várias formações e mudou de nome várias vezes, antes de assumir definitivamente no nome de Nirvana, título tirado de um dos conceitos básicos da religião budista. Era o final de 1986 e a banda tinha Kurt na guitarra e voz, Krist Novoselic ainda no baixo e Chad Channing na bateria.
Apesar de ter gravado alguns discos e ser razoavelmente conhecida no meio grunge, o começo da banda foi difícil.
Kurt chegou a trabalhar como faxineiro para pagar a fabricação de mil cópias do primeiro disco do Nirvana

Sucesso
A banda que revolucionou os anos 90, sua discografia


O primeiro single, "Love Buzz" e o álbum BLEACH, cujos vocais foram gravados entre vidros e mais vidros de xarope com Dramamine. Em 90, chegou à cocaína, droga que faltava em sua vida. No ano seguinte nascia uma estrela. Kurt Cobain passou a querer tratamento especial nas viagens. Reclamava se o uísque não era Glenfiddich, mas continuou absolutamente genial e ácido em tudo que expressava. Depois do contrato milionário com a Geffen, Kurt mergulhou na heroína. Dormia a toda hora em qualquer lugar, até no meio das sessões de foto.
O sucesso mundialnirvana kurt cobain biografia fotos só viria em 1991, quando o Nirvana, já com Dave Grohl na bateria, lançou o álbum Nevermind. A música Smells Like Teen Spirit se tornou uma espécie de hino e Kurt o porta-voz de uma geração. Críticos mais entusiasmados chegaram a afirmar que a banda era "a salvação do rock". Na esteira do sucesso do Nirvana, outras bandas grunge de Seattle, como Pearl Jam, se projetaram.
Mas o sucesso não fez bem ao problemático Kurt, que se mostrava cada vez mais descontente e deprimido com a fama e a idolatria. Nem seu casamento com a cantora Courtney Love e o nascimento de sua filha Frances melhoraram seu estado de espírito. A pretexto de aliviar uma crônica dor de estômago, tornou-se dependente de heroína.

Kurt e Courtney

Em 92, ironia das ironias, o Kurt Cobain que mergulhava nos braços dos fãs, proclamando igualdade entre artista e platéia, exigiu 75% de tudo que o Nirvana ganhava. Mais tarde ainda em 92 na primeira quinzena de Janeiro, Courtney Love descobre que está grávida. No dia 24 de Fevereiro, Kurt e Courtney se casam em Waikiki, no Havaí, em uma cerimónia particular com pouquíssimos convidados. Dave Grohl comparece. Quem não aparece é Novoselic, estremecido com o novo casal por causa de seu exagero no uso de heroína nos meses anteriores.
Cheio de armas e violento contra Courtney Love,courtney kurt cobain fotos seu grande amor, o hiper-sensível Kurt a obrigou a chamar a polícia duas vezes para contê-lo. Ele ainda sofreria duas overdoses em 1993. Segundo o produtor de IN UTERO, Steve Albini, a única coisa que o tirava da apatia era a filha Frances.
Na primeira quinzena de Agosto, Kurt Cobain se interna no hospital Cedars-Sinai de Los Angeles, para tratamento de desintoxicação, numa tentativa de se livrar do vício em heroína. Chega às bancas a revista Vanity Fair com reportagem de capa sobre Courtney Love, de autoria de Lynn Hirschberg. Baseada em fontes cujo anonimato foi preservado, a matéria aponta que Courtney consumiu heroína mesmo já sabendo que estava grávida. Isso acarretaria para o casal Cobain problemas com a Justiça sobre a guarda de seu bebé.
Em 18 de Agosto, nasce Frances Bean Cobain, uma bebe linda e saudável. Love dá à luz no mesmo hospital em que Kurt estava internado desde o começo do mês para se desintoxicar. Kurt tenta acompanhar o parto mas desmaia de fraqueza.
Atordoado, Kurt entra no quarto de Courtney Love com um revólver e sugere suicídio duplo, argumentando que a filha viveria melhor assim. Courtney chega a segurar a arma, mas desiste do pacto e convence Kurt a seguir vivendo. Esse acontecimento foi relatado por Courtney Love em entrevista à revista Rolling Stone, em 1994. No final de Agosto, por determinação da Justiça de Los Angeles, Kurt e Courtney perdem temporariamente a guarda de Frances. O bebé fica sob os cuidados de Jamie, irmã de Courtney. Por um mês, o casal tem permissão para visitar a filha diariamente mas não pode ficar a sós com ela nem levá-la para casa.
Kurt e Courtney são obrigados a fazer testes de urina para detectar eventuais consumos de drogas. Se limpos durante um período, poderiam voltar a ter a guarda da criança.
Mas logo viria a tentativa de suicídio com Rohypnol, em Roma. Kurt não funcionava mais como artista, marido e pai... Numa tática chamada TOUGH LOVE (amor duro), foi posto contra a parede por Courtney e todos que o amavam. Foi para uma clínica em Los Angeles e acabou fugindo.
Patético, teria perguntado a um traficante nos dias próximos do seu suicídio: "Onde estão meus amigos agora?"
Mesmo controlando a carreira com punhos e inteligência de aço, Kurt passou poucos dias de seus últimos seis anos longe da heroína.
Já na primeira turnê européia do Nirvana, Kurt sofreu um colapso em pleno palco de Roma. Surtou, quebrou microfones, ameaçou acabar com o grupo e quase não chegou vivo a Londres, de onde saiu consagrado como sensação UNDERGROUND. Sua saúde psíquica poderia ter lhe custado a vida antes mesmo que viessem as tais "pressões do sucesso" e o conflito entre o idealismo punk e e vida corrompida de milionário do rock.

Fim da vida

Em fevereiro de 1994, o Nirvana inicia uma excursão à Europa, com previsão de percorrer cinco países. Mas depois de uma apresentação em Roma, na Itália, a banda decide interromper a turnê para descansar, uma vez que Kurt Cobain, fragilizado e doente, não estava aguentando a dura rotina de espetáculos.
Juntamente com Courtney, ele decide tirar férias na própria Itália.
Em março de 1994, aos 27 anos, num hotel de Roma, tentou suicídio pela primeira vez, tomando uma overdose de sedativos misturados com champagne. No mesmo mês, de volta à Seattle, é encontrado desacordado em sua mansão, aparentemente em conseqüência de uma overdose de heroína.
Em abril, uma semana depois de deixar um centro de desintoxicação, aproveitou-se da ausência da mulher e deu um tiro contra a própria cabeça. Seu corpo foi encontrado no dia 8 de abril, ao lado de um bilhete de despedida, escrito dia 5, com pedidos de desculpas aos fãs, à mulher, à filha, na época com dois anos, e à mãe. Esse mesmo bilhete parecia ter sido escrito por Kurt, mas a parte de despedida e sua assinatura tinham uma letra diferente da dele.
Kurt Cobain faz parte da galeria dos gênios autodestrutivos do rock — aqueles que se tornaram ídolos de gerações de jovens — ao lado de Jim Morrison, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Syd Vicious. Sua morte foi recebida com grande impacto por seus fãs, tendo em vista que o movimento grunge estava no auge.

Suicídio

O corpo de Kurt Cobain foi encontrado às 8h30 da manhã de Sexta-feira, 8 de abril de 1994, pelo eletricista Gary Smith que foi consertar o sistema de alarme na casa do músico, em Seattle. Inicialmente, ele pensou tratar-se de um "manequim jogado no chão". Cobain estava com o revólver calibre 38 ainda sobre o peito, arma com a qual havia dado um tiro na cabeça. O eletricista também encontrou um bilhete suicidapossivelmente escrito por Kurt sob um vaso derrubado. Conforme os médicos legistas, a morte de Kurt, teria ocorrido de 24 a 48 horas antes da descoberta. Em seu atestado de óbito a data exata do falecimento consta como 5 de abril. Kurt tinha 27 anos e seu corpo fora cremado.
A morte de Cobain foi ainda o primeiro passo para o fim da era grunge. As bandas começaram a desaparecer uma por uma, sendo que o único sobrevivente daquela época que mantém o mesmo sucesso até hoje é o Pearl Jam. Dave Grohl monta uma nova banda em 95, chamada Foo Fighters.
Mesmo com forte influência de seu antigo grupo, o som é muito mais comercial. O cenário do rock mundial volta a apresentar tudo aquilo que havia antes do Nirvana: bandas sem nenhum conteúdo lírico ou até mesmo musical, destinadas a adolescentes que só se importam com aquilo que é a moda no momento.

Will Eisner


Um mestre das histórias em quadrinhos

William Erwin Eisner (Nova York, 6 de março de 1917 — Flórida, 3 de janeiro de 2005) é considerado um dos mais importantes artistas de histórias em quadrinhos e uma das maiores influências no desenvolvimento do gênero.

Biografia


Filho de judeus imigrantes, Eisner nasceu no Brooklyn, Nova York, onde passou sua juventude. Enquanto estudava no Instituto DeWitt Clinton, no Bronx, colaborou com Bob Kane na revista da escola. Em 1936 entrou para a equipe da revista WOW What a Magazine!, dirigida por Samuel Iger. Nesta revista Eisner criou diversas histórias: a série de aventuras Captain Scott Dalton; a história de piratas The Flame, onde assinava com o nome de "Erwin"; a história de espionagem Harry Karry (com o pseudônimo de Bill Rensie) , entre outras. No ano seguinte, com o fim da revista WOW, Eisner fundou com Iger o Eisner-Iger Studio, onde trabalharam grandes nomes das histórias em quadrinhos como Bob Kane e Jack Kirby. Até 1939, Eisner criou diversas séries como a história de piratas Hawks of the Seas.
Ao fim da década, Eisner e Iger dividiram sua sociedade. Iger passou a ser diretor de publicações da editora Fiction House, e Eisner passou a criar quadrinhos para a Quality Comics Group. Criou o personagem Doll Man e os personagens da série BlackHawk, ambientada na 2a Guerra Mundial. Dali, começou a produzir histórias no formato de 16 páginas do suplemento dominical dos jornais, onde apareciam sempre três histórias de várias páginas cada uma. Sua estréia foi em 2 de junho de 1940, e no príncipio incluia The Spirit, Lady Luck e Mr. Mystic.
The Spirit é a história de um detetive mascarado, Denny Colt, um herói sem superpoderes que protege os habitantes da cidade fictícia de Central City. A série se destacou pela inovação dos enquadramentos quase cinematográficos, os efeitos de luz e sombra e as inovadoras técnicas narrativas, além da qualidade do roteiro e da arte. Sempre a presença de belas mulheres, cenas hilariantes, melodramáticas, mas que enfatizavam sobretudo o aspecto humano dos personagens. Em 13 de outubro de 1941 The Spirit começou a ser também publicado como tira diária. Eisner deixou a série em 1942 ao ser mobilizado pela Segunda Guerra Mundial, onde produziu pôsteres, ilustrações e histórias propagandísticas para o exército norte-americano.
A série The Spirit, que havia sido continuada por outros artistas devido à sua ausência, foi retomada por Eisner em 1945. Como tira dominical, The Spirit prosseguiu até 28 de setembro de 1952, e é considerada uma das obras mais importantes das histórias em quadrinhos.
Ao mesmo tempo que desenhava The Spirit, Eisner fundou a American Visuals Corporation, empresa dedicada a criação de comics, vinhetas humorísticas e ilustrações, que acabou absorvendo a maior parte do seu tempo, separando-lhe da criação de histórias. Somente quando o editor holandês Olaf Stoop reeditou The Spirit, no começo dos anos 70, Eisner voltou a interessar-se pela criação de histórias em quadrinhos. Em 1978 criou Um Contrato com Deus (A Contract With God), considerada a primeira graphic novel do gênero, que consiste em quatro histórias acerca da vida no Bronx nos anos 30. Depois desta obra, Eisner prossegiu criado graphic novels com regularidade, como Life on Another Planet (1978), O Sonhador (The Dreamer, 1986), O Edifício (The Building, 1987), No Coração da Tempestade (In the Heart of the Storm, 1991), Invisible People (1991-92), entre outros. Um mês antes de morrer concluiu sua obra mais política, A Conspiração (The Plot, 2005), um ensaio gráfico sobre a história do livreto Os Protocolos dos Sábios de Sião. Eisner teve uma importância decisiva para demonstrar que histórias em quadrinhos não são meio de entretenimento apenas para crianças e adolescentes.
Além de sua carreira como quadrinista, Eisner ensinou Técnicas de Quadrinhos na Escola de Artes Visuais de Nova York, e escreveu obras fundamentais na criação de histórias em quadrinhos: Os Quadrinhos e a Arte Sequencial (Comics and Sequential Art) e A Narrativa Gráfica (Graphic Storytelling).
Em 1988 a indústria dos quadrinhos prestou tributo à Eisner criando o Prêmio Will Eisner, mais conhecido como "Eisners", que servem como uma premiação pelo "conjunto da obra" nas histórias em quadrinhos.
Will Eisner morreu em 3 de janeiro de 2005 em Laurderdale Lakes, Flórida, devido a complicações cardíacas depois de uma cirurgia em 22 de dezembro.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Gabriel García Márquez



Gabriel García Márquez


Gabriel García Márquez (Aracataca, Magdalena, 6 de março de [[1927],[1]) é um escritor colombiano, jornalista, editor e ativista político, que em 1982 recebeu o Nobel de Literatura por sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana.Viajou muito pela Europa e vive actualmente em Cuba a lutar contra o câncer. É pai do realizador Rodrigo García.

Em 1 de abril de 2009 declarou que se aposentou e não pretende escrever mais livros.

Primeiros dias


Gabriel García Márquez, também conhecido por Gabito, é filho de Eligio García e de Luiza Santiaga Márquez Iguaran, que tiveram onze filhos. Os dois possuíam uma pequena farmácia homeopática. Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor. Um exemplo são os personagens de Cem Anos de Solidão.
Tinha oito anos (1936) quando esse avô morreu. A família deixou então Aracataca, devido à crise da plantação bananeira, e Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá, passou a juventude ouvindo contos das Mil e Uma Noites; sua adolescência foi marcada por livros, em especial A Metamorfose, de Franz Kafka. Ao ler a primeira frase do livro, Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso, pensou então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?. Em 1947 muda-se para Bogotá para estudar direito e ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, mas abandonou antes da graduação. Em 1948 vai para Cartagena das Índias, Colômbia, e começa seu trabalho como jornalista.

Jornalismo

Seu primeiro trabalho como jornalista foi para o jornal El Universal. Em 1949 vai para Barranquilha e trabalha como repórter para o jornal El Heraldo. Neste mesmo período participa de um grupo de escritores para estimular a literatura. Em 1954 passa a trabalhar no El Espectador como repórter e crítico.
Em 1958 trabalha como correspondente internacional na Europa, retorna a Barranquilha e casa-se com Mercedes Barcha com quem tem dois filhos, Rodrigo e Gonzalo. Em 1961 vai para Nova Iorque para trabalhar como correspondente internacional, mas suas críticas a exilados cubanos e suas ligações com Fidel Castro o fizeram ser perseguido pela CIA e com isso muda-se para o México. Em 1994 funda juntamente com seu irmão, Jaime Abello, a Fundação Neo Jornalismo Iberoamericano.

Literatura

Gabriel García Márquez (no centro), concedendo autógrafos
Teve como seu primeiro trabalho o romance "La Hojarasca" publicado em 1955. Em 1961 publica "Ninguém escreve ao coronel". A obra Relato de um náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no "El Espectador", somente sendo publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse . O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como Crônica de uma morte anunciada e El amor en los tiempos del cólera. Em 1967 publica Cem Anos de Solidão, livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração. Este livro foi considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado "Realismo Fantástico". Suas novelas e histórias curtas - fusões entre a realidade e a fantasia - o levaram ao Prêmio Nobel de literatura em 1982.Em 2002 publicou sua autobiografia Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático.

Ativista político


Têm simpatia por movimentos revolucionários da América Latina. Em 2006 apoiou juntamente com outras figuras públicas a independência de Porto Rico. Em algumas ocasiões foi mediador entre governo colombiano e as guerrilhas.

Cinema


Tem interesse por cinema e trabalha principalmente como diretor.Em 1950 estudou no Centro experimental de cinema em Roma.Participou diretamente de alguns filmes tais como Juego peligroso,Presságio, Erendira, entre outros.Em 1986 funda Escola Internacional de Cinema e Televisão em Cuba, para apoiar a carreira de jovens da América Latina, Caribe, Ásia e África. Em 1990 conhece Woody Allen e Akira Kurosawa, diretores pelos quais tem admiração.

Obra

La Hojarasca, já publicado por Plaza & Janés Editores
• Memória dos prazeres
• Relato de um náufrago
• A sesta de terça-feira
• Ninguém escreve ao coronel (1961)
• Os funerais da mamãe grande
• O enterro do diabo:A revoada
• Má hora: o veneno da madrugada
• Cem anos de solidão (1967)
• A última viagem do navio fantasma
• Entre amigos
• A incrível e triste história de Cândida Eréndira e sua avó desalmada
• Um senhor muito velho com umas asas enormes
• Olhos de cão azul
• O outono do Patriarca
• Como contar um conto (1947-1972)
• Crônica de uma morte anunciada (1981)
• Textos do caribe
• Cheiro de goiaba
• O verão feliz da senhora Forbes
• O Amor nos tempos do cólera (1985)
• A aventura de Miguel Littín Clandestino no Chile
• O general em seu labirinto
• Doze contos peregrinos
• Do amor e outros demônios (1994)
• Notícia de um seqüestro
• Obra periodística 1: Textos Andinos
• Obra periodística 3: Da Europa e América
• Viver para contar
• Memória de minhas putas tristes
• Obra Jornalística 5: Crónicas, 1961-1984

Prémios e condecorações

• Prémio de Novela ESSO por "má hora:o veneno da madrugada" (1961)
• Doutor Honoris Causa da Universidade de Columbia em Nova Iorque (1971)
• Medalha da Legião Francesa em Paris (1981)
• Condecoração Águila Azteca no México (1982)
• Prémio Nobel de Literatura (1982)
• Prémio quarenta anos do Circulo de jornalistas de Bogotá (1985)
• Membro honorário do Instituto Caro y Cuervo em Bogotá (1993)
• Doutor Honoris Causa da Universidade de Cádiz (1994)