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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Museu da Língua Portuguesa abre mostra 'Cora Coralina'


SÃO PAULO - A doçura e as pequenas narrativas cotidianas da poeta Cora Coralina chegam hoje ao Museu da Língua Portuguesa, com a exposição "Cora Coralina - Coração do Brasil". O evento, que celebra os 120 anos do nascimento de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nome de batismo de Cora, tem curadoria de Júlia Peregrino e cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara. Em exibição estão um grande painel com imagens do universo da poeta, manuscritos, cartas, livros, recortes de jornais, revistas e fotografias.



Um dos destaques é um caderno em que Cora colocava fotos da sua cidade natal, Goiás, que fica no Estado de mesmo nome, e, para cada uma das imagens, escrevia um poema diferente. Outra novidade é o livro de receitas da escritora, que ganhou a vida como doceira. Os cadernos foram emprestados por Vicência Brêtas Tahan, filha de Cora. "Nem os pesquisadores tiveram acesso a esse material. São documentos originais que têm coração, corações que batem", garante Júlia Peregrino. O restante do acervo pertence ao Museu Casa de Cora Coralina, que fica na cidade de Goiás.



O cenário montado recria as velhas janelas coloniais e os balaústres da ponte, localizada nas proximidades da casa da poeta em Goiás. "Tentamos explorar quem foi essa mulher, que se sentia parte da sua cidade. No mosaico, reunimos os temas de seus textos, como natureza, pedras e rios", explica Daniela Thomas. "O trabalho de Cora é todo muito delicado, um tanto cru. Ela tinha alguma coisa para falar, e conseguiu", conclui Felipe Tassara.



Se depender da localização, a mostra deve ter sucesso garantido. Atualmente, o Museu da Língua Portuguesa é o mais visitado do Estado de São Paulo. O espaço chega a receber 3 mil visitantes em um único dia. Coincidentemente, Cora Coralina chegou a São Paulo pela mesma estação onde está o museu. "Quando Cora saiu de Goiás para morar em São Paulo, chegou pela Estação da Luz. Agora, mais de 90 anos depois, de alguma forma, volta ao local. Espero que a mostra sirva para criar novos leitores para seus livros", diz Júlia. Além da exposição, o evento marca o lançamento do livro Cora Coralina - Doceira e Poeta, (Ed. Global, R$ 119,00, 144 págs.), obra que traz receitas e homenageia a goiana. As informações são do Jornal da Tarde.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Favelas do Brasil tornam-se atracção turística


No Brasil, a pobreza já se transformou numa atração turística, em que as agências vendem o "exótico" para atrair os que procuram "experiências inusitadas" nas favelas.
Autora de investigação sobre a favela carioca como destino turístico e do livro recentemente publicado no Brasil, "Gringo na Laje", a socióloga Bianca Freire-Medeiros diz que a pobreza como mercadoria é um fenómeno global.
"Não é exclusividade do Brasil" e data da década de 1990, explicou a socióloga à "Lusa".
"A curiosidade não é nova, mas eu tento entender o que muda. O turismo na favela tem razão de ser, porque é diferente, uma experiência em primeira mão com uma dimensão de aventura. Há uma questão mercadológica de compra e venda com investimento em marketing", adiantou a investigadora.
Freire-Medeiros, que esteve nas "townships" (bairros degradados) da África do Sul e em Dharavi, a maior "slum" da Índia, concentra o seu estudo na favela Rocinha, a maior da América Latina, onde o turismo já se realiza há 10 anos e tem-se revelado um empreendimento lucrativo.
Desde 2006, a Rocinha é ponto turístico oficial e figura nos guias sobre o Rio de Janeiro. Só nesta favela, circulam em média por mês 3.500 turistas, na sua maioria de europeus (60%).
Na favela operam pelo menos quatro agências de turismo com os mais diferentes nomes: Jeep Tour, Exotic Tour, Favela Tour e Indiana Jungle Tours, todas com ousadas ofertas de ecoturismo ou turismo cultural.
Seria o "lado alternativo da mais bela e exótica cidade do mundo", segundo a autora, que destaca no estudo a venda da favela como um destino alternativo ao convencional e também a ideia de "que a partir da favela, é possível explicar o Brasil".
"Eles (turistas) acham que ir à favela complementa a experiência de conhecer o Rio, ver o que é desigualdade. Na Rocinha existe, de facto, um mercado, mas há também iniciativas em outras favelas. Cada localidade trabalha um atributo diferente, mas todas partilham a pobreza como a grande atracção".
A relação favela e violência também é posta em questão quando as agências prometem um "contacto seguro com a violência armada". O risco é parte da atracção, acrescenta.
Para além de ser um negócio rentável, muito solicitado e com um alto nível de satisfação do cliente, a investigadora disse que esta curiosidade que motiva tantos estrangeiros pode servir como um elemento de reflexão.
"É importante o facto de quem vem de fora perceber o contraste entre pobreza e riqueza. Parece curioso, mas (nós brasileiros) convivermos com este contraste, também é perverso", criticou.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

SUS-Sistema Único de saúde


Presidente da Ampasa critica política atual do SUS e defende atuação conjunta dos Três Poderes
Supremo Tribunal Federal - 29 de Abril de 2009

No terceiro dia da audiência pública que discute o Sistema Único de Saúde (SUS), o presidente da Associação Nacional do Ministério Público de Defesa da Saúde (Ampasa), Jairo Bisol, fez duras críticas à atual política do SUS e defendeu que os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo devem atuar juntos na busca de uma solução que, segundo ele, é fazer com que o sistema de saúde cumpra o que a Constituição Federal definiu.



Ele lembrou que o SUS é criação permanente da cidadania brasileira com forte participação da sociedade civil organizada, mas ponderou que não é possível fazer um sistema abrangente e universal de saúde com 230 dólares per capta ao ano. Segundo Bisol, o SUS está sendo construído em cima de um modelo de ofertas oriundas do complexo industrial de grupos corporativos e dos planos privados de saúde e não das demandas da população. Dessa forma, segue uma lógica assistencialista subvertendo suas diretrizes e princípios constitucionais, especialmente o da integralidade.

Ele criticou a falta de investimento e controle do SUS, que virou alvo, em muitos setores, de fraudes e desvios de recurso públicos decorrentes do apagamento deliberado da linha limítrofe entre o interesse público e o interesse privado, induzindo uma relação promíscua entre ambos. Em sua opinião, é a falta de transparência que atinge o sistema.

Fez críticas também às privatizações e terceirizações, que em sua opinião ofendem a Constituição Federal e atropelam o domínio estatal, gerando a irracionalidade imposta pela lógica do lucro.

Bisol defende que o SUS não pode ser confundido como um mega plano de saúde para pobres e que a lógica da saúde é pública e não privada. A saúde não é e nem pode ser tratada como uma mercadoria. O titular do direito à saúde é o cidadão, e não o consumidor.

O presidente da Ampasa defende a aprovação da Emenda Constitucional 29 , que traria mais recursos para o sistema e defendeu que o STF inaugure um movimento de aproximação dos poderes porque, para ele, as questões estruturais do sistema não vão ser resolvidas num único poder. É preciso abrir um diálogo mais amplo, mais intenso, afirmou.

domingo, 13 de setembro de 2009

Campanha anti-Aids que mostra Hitler fazendo sexo gera polêmica

Anúncios também retratam Stálin e Saddam Hussein.
Vírus não poderia ter uma 'cara boa', justifica publicitário.
Uma campanha publicitária contra a Aids lançada na Alemanha provocou polêmica ao mostrar o ditador nazista Adolf Hitler fazendo sexo com uma mulher.
O objetivo, segundo a agência que produziu o anúncio, era "sacudir" o público antes da Jornada Mundial contra a Aids, marcada para 1º de dezembro e chamar a atenção contra o sexo sem proteção.
O clipe de 30 segundos mostra um casal tendo relações sexuais em um quarto à meia luz, imitando o estilo de um filme pornô light.

No último plano, revela-se que o homem tem os traços de Adolf Hitler. Ele olha fixamente para a câmera, e aparece a mensagem: "A Aids é uma assassina em massa. Proteja-se".


Anúncio de campanha anti-Aids com Hitler.

A agência publicitária Das Comitte também criou cartazes semelhantes com o ditador soviético Stálin ou o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein.

ONGs britânicas reclamaram que o anúncio "estigmatiza" os portadores do vírus.

"Nos questionamos que rosto poderíamos dar ao vírus, e certamente ele não podia ser bonito", justificou Dirl Silz, diretor de criação da campanha.
"A campanha foi planejada para sacudir as pessoas, para colocar o tema Aids e, primeiro plano e para inverter a tendência de ter relações sexuais sem proteção", explicou a agência.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A FORÇA DA MÍDIA


O poder da mídia

O poder da mídia para imbecilizar o cidadão é inquestionável. É notória sua capacidade para levar populações inteiras do ridículo ao absurdo sem que elas sequer percebam isso. A publicidade manipula e seduz, transformando o indivíduo em consumidor passivo de tudo aquilo que de maneira atraente e dissimulada lhe é imposto. Consumir virou sinônimo de status e de felicidade. Desse modo, a sociedade é dividida e classificada em dois blocos: os incluídos e os excluídos, ou seja, os que têm poder econômico para consumir e os que não têm.
A mídia, de modo geral, deixou há muito de representar um instrumento imparcial de divulgação de informações e fatos.
Passou a ser uma poderosa formadora de opiniões, agindo exclusivamente segundo aquilo que possa trazer aos seus donos maiores retornos financeiros. O marketing empresarial, através da mídia, conseguiu a perfeição na arte de incutir na mente das pessoas necessidades que elas não têm. Para isso conta com outra poderosa aliada: a psicologia empresarial. O profissional do marketing doura a pílula, e o psicólogo encontra as brechas na psique coletiva para induzir a massa a devorá-la. Era de se esperar que não fosse assim.
Era de se esperar que aqueles que estudam e adquirem conhecimentos fossem diferentes. Mas o aporte de conhecimentos não muda comportamentos. As escolas que formam os profissionais da propaganda não fornecem aos seus alunos os necessários conceitos éticos de honestidade e integridade moral. Limitam-se a fazer com que eles se atenham exclusivamente à função de gerar lucros. Salvo exceções, os profissionais da comunicação de massa, tanto quanto os psicólogos que atuam no ramo, não têm consciência nem visão analítica para concluir que os atuais mecanismos de mercado estão conduzindo a economia mundial para crises permanentes e incontroláveis. O sistema já apresenta sinais claros de esgotamento. Mas o óbvio, por dispensar demonstrações, é difícil de ser percebido.
Quando idealizou o modelo capitalista de produção, Adam Smith pensou ter criado um sistema perfeito. Um sistema econômico que encontraria seu auto-equilíbrio pela ação de uma "mão invisível". Mas Adam Smith era mais um filósofo do que um economista. Sua postura filosófica positivista de credulidade levou-o a não acrescentar à lógica do seu sistema variáveis como a avareza, a ganância e o egoísmo, que a priori caracterizam a natureza humana.


Assim, o que sobreveio foi exatamente o oposto do esperado. O sistema capitalista não se auto-equilibra e, portanto, não é funcional. É totalmente contrário ao aspecto subjetivo e luminoso da natureza humana, e condizente justamente com seu lado obscuro e negativo. A lógica do sistema fomenta a valorização e o acúmulo de bens materiais, em detrimento dos valores anímicos da espécie.
O que mantém o equilíbrio de qualquer sistema é a interação harmoniosa entre seus elementos internos, bem como a troca de energia com o ambiente externo. A energia do sistema capitalista é o capital, representado por seu símbolo mais característico: o dinheiro. Longe de promover o fluxo equilibrado do capital - a energia -, o mecanismo do sistema atua de modo a promover sua concentração interna e a retirada, de maneira insustentável, da energia do ambiente. O sistema suga muito mais energia do ambiente do que devolve. Em longo prazo, essa descompensação energética trará resultados imprevisíveis e catastróficos.
O modelo capitalista de produção tem pouco mais de duzentos anos. Considerado em escala histórica, esse período é insignificante. Apesar de sua curta existência, os pontos de concentração da energia, progressiva e aceleradamente, vão gerando o desequilíbrio em toda a estrutura do sistema. Os demais elementos internos que estão carentes de equilíbrio, para não sucumbirem, se ligam aos pontos de concentração, que aproveitam a oportunidade para subtrair-lhes ainda mais energia, mantendo-os, contudo, ativos e semiconscientes, de modo a que possam manter contínuo o fluxo do processo. A energia, que é apenas um meio, passa a ser um fim em si mesma. E aí reside toda a desgraça. A coisa toda funciona à semelhança de um bando de predadores vorazes que estão se empanturrando até à indigestão. Um dia, seus estômagos dilatados e exauridos irão explodir e varrer tudo aquilo que estiver a sua volta. O sistema se auto-aniquilará pela própria ganância.


A dignidade humana precisa ser urgentemente resgatada.
O que diferencia o homem de um animal estúpido não é a racionalidade nem o volume de conhecimentos que detém, mas a nobreza de seus propósitos. A mídia e a parceira psicologia estão dispostas a vender a alma e a se render ao fascínio capitalista, à lógica do lucro a qualquer custo.
A questão central não é, e nem nunca foi, se os meios utilizados são lícitos ou ilícitos, mas a maquiavélica suposição de que "os fins justificam os meios". A realidade se resume ao dinheiro, à sede de glória e poder, ao esvaziamento de sentido. O tempo e a contumácia geram o hábito, e o hábito produz a cegueira. A apregoada liberdade capitalista, não devidamente conduzida, levou ao esfacelamento da razão. E ainda há psicólogos escritores que são suficientemente insensatos para tecerem em seus livros comentários irônicos a respeito de conceitos universais da Filosofia, quando a Filosofia aparenta ser a única ciência que ainda não se rendeu ao fascínio capitalista.
A psicologia usada em favor da propaganda perde sua neutralidade científica para compactuar com os mecanismos de mercado que geram o caos social. Assim, quando usa seus conhecimentos em favor da mídia capitalista, o psicólogo esbarra nas sutilezas incômodas da ética. Justificando-se, afirma que os meios de comunicação de massa não possuem o controle absoluto da subjetividade humana.

Contudo, sabemos que uma das funções - bem-sucedida - do marketing é a de convencer as massas de necessidades que, a rigor, elas não têm. Tem sido assim desde sempre. Desse modo, o domínio absoluto da subjetividade humana pelo sistema, em cada etapa do processo, é só uma questão de tempo. Quando a sociedade resiste às investidas de uma propaganda, só o faz porque alguma outra chegou antes e o espaço mental dos consumidores potenciais já está tomado. Trata-se de um círculo vicioso do qual o psicólogo só teria pleno e real conhecimento se recorresse à luz ampla da Filosofia. Da mesma Filosofia que ironiza. A justificativa do psicólogo é, pois, tão inútil e inconsistente como perfeitamente alinhada aos objetivos do sistema ao qual se dedica a servir.
O fluxo do sistema capitalista, para dominar e explorar a massa, usa a tática da necessidade-satisfação-necessidade.


Quando o marketing divulga um produto no mercado, já sabe de antemão qual será o seu sucessor. As fábricas de automóveis são seus exemplos mais evidentes. A suposta necessidade, uma vez satisfeita, gera o vazio que induz a uma nova pseudo-necessidade. A libertação desse processo contumaz só seria possível pelo uso do intelecto alinhado à Filosofia. Mas a massa perdeu o hábito de pensar e principalmente o de se auto-avaliar. A ignorância e a miséria de conteúdos também podem, e são, negociadas pela mídia. Basta olhar para os programas de maior sucesso da TV.
Aliás, trata-se aqui das outras frentes da mídia que cuidam para que sociedade continue assim: ignorante e burra. Sufocado e tolhido pelo materialismo exacerbado e pelo brilho das aparências, o intelecto coletivo apodrece. O mau-cheiro da podridão, contudo, não é percebido, disfarçado que é pela vasta perfumaria livremente oferecida pela mídia voraz.
Não fosse pela triste e perigosa corrupção capitalista, a função mais nobre da psicologia haveria de ser a de descobrir meios eficazes que educassem a sociedade e a preparassem para resistir às artimanhas publicitárias. Artimanhas como criar em torno de um produto uma realidade que o seu consumidor jamais poderá vivenciar, mas que, inconscientemente esperançoso dela, vincula tal realidade ao produto oferecido e o compra.
Penso que a psicologia, assim como a educação, o sacerdócio, a política, a medicina, antes de serem meios de enriquecimento, representam as mais sublimes missões delegadas a seres humanos. Aqueles que optam por se dedicarem a estas atividades devem avaliar até onde estão dispostos a agirem como transformadores do mundo ou meros agentes de acumulação de riquezas. Se optarem pelo enriquecimento, devem se dedicar a outros ramos de atividades.
Ninguém os condenará por isso. E a humanidade ainda lhes será profundamente grata pela magnanimidade e nobreza de seu gesto, ao se absterem de tornar o exercício da existência muito mais cruel e desumano do que, por si só, ele já o é.

domingo, 6 de setembro de 2009

Após enterro, família de Michael Jackson agradece aos admiradores do cantor


Sepultamento do rei do pop ocorreu na noite desta quinta-feira (3).
Amigos do astro, como Elizabeth Taylor, compareceram a Forest Lawn.

Mais de dois meses depois de sua morte, em 25 de junho, Michael Jackson foi sepultado na noite desta quinta-feira (3) no cemitério Forest Lawn, em Glendale, próximo de Los Angeles, em uma cerimônia privada apenas para os parentes e amigos do artista.

Segundo um comunicado divulgado pela família, o sepultamento ocorreu às 21h43 (horário local). "A família Jackson deseja agradecer novamente a todos os admiradores de Michael em todo o mundo por seu apoio generoso durante esses momentos terrivelmente difíceis", afirmaram os parentes no texto.

O corpo do astro foi levado ao túmulo por seus irmãos Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Randy.

A família do rei do pop chegou ao local do enterro com mais de uma hora de atraso. Uma caravana com mais de 20 carros, com o carro fúnebre no final, chegou ao cemitério por volta das 20h (0h de Brasília) com participantes da cerimônia, incluindo os três filhos do artista - Prince Michael, 12, Paris Michael, 10, e Prince Michael II, 7, conhecido como Blanket.

O caixão chegou ao Forest Lawn algum tempo depois, após o corpo de Jackson, que estava embalsamado, ser maquiado e vestido como se fosse seu "último show". O ataúde, banhado a ouro e prata, seguiu para o Grande Mausoléu, o principal do cemitério, inspirado no famoso "camposanto" de Gênova, onde foi sepultado numa cripta vigiada por câmeras 24 horas.

O enterro reuniu cerca de 200 pessoas, entre familiares e amigos íntimos do rei do pop, como a atriz Elizabeth Taylor, o ator Macaulay Culkin, o ator Chris Tucker, o Reverendo Al Sharpton, o músico Quincy Jones, o coreógrafo Kenny Ortega e a ex-mulher do astro, Lisa Marie Presley.

A polícia escoltou a caravana dos parentes de Jackson até o cemitério, que foi isolado por um grande aparato policial. O espaço aéreo na zona também foi fechado. Helicópteros, cães e policiais patrulhavam uma área de 120 hectares em torno do local.


Katherine e Joe Jackson em cerimônia no cemitério Forest Lawn.
Além de uma câmera que filmava o local do alto, um holofote do tipo que geralmente é usado em produções de TV iluminava os convidados em uma espécie de auditório com duas grandes fotografias do cantor. O equipamento gerou rumores a respeito da possibilidade de que as filmagens sejam incluídas no documentário "This is it."

Cerca de 250 assentos foram dispostos aos convidados sobre um gramado artificial, que margeava o caminho para o mausoléu. Cerca de 435 credenciais de imprensa foram distribuídas aos profissionais da área, que se mantiveram à distância da cerimônia.

O Reverendo Al Sharpton, que fez um discurso no funeral do cantor no Staples Center, há dois meses, postou em seu Twitter, durante a cerimônia, que tinha feito o mesmo na noite desta quinta. "Eu falei no final da cerimônia e Gladys Knight cantou. Agora nos preparamos para deixá-lo descansar", escreveu.

Alguns fãs se reuniram perto da entrada do cemitério para prestar homenagens ao rei do pop. A polícia de Glenadle disse que tudo correu bem e não houve prisões.

O mais próximo que os admiradores poderão chegar agora é a parte do mausoléu que abriga uma réplica de vidro em tamanho real da obra "A Santa Ceia", de Leonardo da Vinci. Todos os dias ocorrem pequenas apresentações no local, mas a maior parte da construção tem acesso restrito.

A família Jackson havia reservado um restaurante italiano em Pasadena para 200 convidados depois do enterro de Michael, de acordo com informações divulgadas pela gerente do Villa Sorriso Alex Carr. Ela não deu detalhes do cardápio nem quanto ao número de pessoas convidadas, mas disse que o restaurante todo havia sido reservado para o evento e que seguranças estariam presentes.


O Reverendo Al Sharpton chega ao cemitério Forest Lawn.
Na última quarta-feira (2), a mãe do cantor recebeu o direito de que o enterro fosse pago com o dinheiro da herança deixada pelo astro. A solicitação à Justiça foi feita por Katherine Jackson um dia antes. Em seu testamento, o rei do pop estipulou que sua herança e seus negócios fossem administrados pelo advogado John Branca e o executivo de gravadora John McClain.

A certidão de óbito de Michael Jackson recebeu uma emenda para incluir as circunstâncias de sua morte, declarada como homicídio e especificada como "injeção intravenosa por um outro". O registro lista "intoxicação aguda por propofol" como a causa principal e "efeito benzodiazepínico" como outra contribuição significativa.

Cemitério com história


Michael Jackson vai descansar em paz cercado pela grandiosidade dos monumentos e de lendas de Hollywood, como Clark Gable, Walt Disney e Nat King Cole, além de uma réplica de vidro em tamanho real de ”A Santa Ceia" de Leonardo da Vinci, e de uma reprodução de uma escultura que Michelangelo fez para a tumba do Papa Julius II em Roma.


Fachada do cemitério de Forest Lawn, onde está o corpo de Michael Jackson.
Fundado em 1906 por um grupo de homens de negócio na cidade de Tropico (mais tarde Glendale), o parque onde fica o cemitério de Forest Lawn não tinha floresta nem gramado, apenas lápides tradicionais de granito.

O cenário mudou com a chegada de Hubert Eaton em 1912, que havia perdido uma pequena fortuna em uma mina em Nevada e precisava recuperar seu dinheiro como vendedor. Ele então convenceu as pessoas a comprar lotes antes de morrer, fazendo com que as vendas aumentassem 250 por cento.

Em três anos, ele se tornou gerente-geral e passou a colecionar arte e reproduções, acrescentando mausoléus, árvores, capelas e até uma loja de souvenir.

Hoje, o cemitério tem 300 acres e emprega 150 pessoas. O local foi dividido em seções batizadas de Slumberland, Babyland, Graceland e Inspiration Slope. Durante décadas, o cemitério seguiu a política de abrigar apenas brancos, e não se sabe em que ano isso mudou.

Cerca de 70 mil pessoas já se casaram no parque de Forest Lawn, incluindo Ronald Reagan e Jane Wyman, e especula-se que a procura pelo local tenha aumentado desde que a família de Michael Jackson anunciou seus planos de enterrar ali o corpo do rei do pop. Os profissionais da área, no entanto, dizem que a privacidade dos parentes e amigos do astro está garantida, já que o acesso ao mausoléu é monitorado.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ativistas denunciam maus-tratos a animais para produção de pele


- Algumas fazendas norueguesas produtoras de pele animal deixam os animais sofrerem com ferimentos, como pernas ou orelhas decepadas, denunciou um grupo de ativistas pelos direitos dos animais nesta segunda-feira após gravar secretamente imagens de dezenas de fazendas.
O grupo, chamado Network for Animal Freedom (rede para a liberdade animal), disse ter encontrado exemplos de abusos em 45 fazendas de raposas e martas visitadas recentemente (http://www.forbypels.no/). A Noruega tem cerca de 330 fazendas produtoras de animais para pele.
"Vimos claras violações das leis para o bem-estar animal nas fazendas que visitamos," disse Per Arne Toellefsen, que integra a rede. Ele afirmou que os animais frustrados, amontoados em gaiolas de arame, em geral atacam e ferem os filhotes.
O ministro da Agricultura da Noruega, Lars Peder Brekk, disse que uma ampla revisão oficial para a produção de peles em junho mostrou condições satisfatórias e não resultou em nenhuma ação judicial contra as fazendas.
"Tenho a preocupação de que devemos continuar com a produção de peles na Noruega, mas estou muito preocupado para que ela seja feita dentro da lei," disse Brekk à televisão pública NRK.
O grupo ativista, que defende a proibição da atividade, também relatou abuso em um relatório de 2008. Toellefsen afirmou que os animais feridos devem ser supervisionados por um veterinário ou sacrificados rapidamente para evitar sofrimento. A perda de uma perna, de uma orelha ou da cauda eram ferimentos comuns.
A NRK visitou uma fazenda com 1.200 raposas e filmou um animal com uma perna aparentemente mutilada.