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domingo, 15 de março de 2009

Ação da Cidadania Contra a Fome e a Miséria


A Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida é um movimento de ação social no Brasil.

"Democracia e miséria são imcompatíveis", escreveu em 1993 o sociólogo Herbert de Souza, o "Betinho", a partir do Movimento pela Ética na Política, lançando a Ação da Cidadania como um dos mais criativos, inovadores e importantes movimentos sociais do Brasil.
Entre os seus objetivos encontram-se o fomento da mobilização de todos os segmentos da sociedade brasileira na busca de soluções para as questões da fome e da miséria visando realizar o sonho de um país sem fome, sem miséria, onde todos tenham direitos de cidadania, onde a justiça seja mais do que uma palavra e que a integração social seja mais fato do que discurso. Desde 1993, a Ação da Cidadania visa estimular a participação cidadã na construção e melhoria das políticas públicas sociais. Para esse fim, é essencial a co-responsabilização da sociedade na luta.
O movimento atua através de comitês locais: cidadãos solidários que se mobilizam para por todo a nação. Todos os estados brasileiros têm comitês regionais da Ação da Cidadania e promovem ações conjuntas integradas pela coordenação nacional, com sede no Rio de Janeiro. Os comitês locais atuam junto às famílias, promovendo ações assistenciais e de mobilização das comunidades na luta pela conquista dos direitos sociais. Formados por voluntários, os comitês promovem, individualmente e por iniciativas próprias, projetos nas mais diversas áreas, como a doação de alimentos, a geração de emprego e renda, educação, creches, esporte e lazer, arte e cultura, saúde, assistência à população de rua e outras.
Dentre essas atividades conjuntas podemos citar a realização da Campanha Natal sem Fome, que entre 1993 e 2005 arrecadou mais e 30 mil toneladas de alimentos, doando-as para mais de 15 milhões de pessoas pobres, para denunciar a falta de políticas públicas efetivas de combate à fome. Desde 2006, a Ação da Cidadania mudou o seu paradigma: tendo o Programa Bolsa Família recursos para as 11,2 milhões de famílias pobres, mas sendo que 24% dos recursos destes são desviados, os comitês passaram a identificar as famílias que tem direito à renda mínima e nada recebem, através do programa "Cidadania em Ação". Em menos de um ano foram capacitados mais de 700 comitês, na Oficina de Agentes Locais de Cidadania, os quais visitaram 15 mil famílias, sendo que destas, 13 mil tem direito. Através da mobilização popular, em articulação com prefeituras municipais, já foram cadastradas mais de 2.500 famílias no estado do Rio de Janeiro, até setembro de 2007.
Todos os estados participam da Campanha e organizam suas atividades, definidas em fórum nacional, em seus estados. Os fóruns de debate da Ação da Cidadania são realizados periodicamente visando a formulação de diretrizes e o planejamento das ações da entidade. Nesses fóruns reúnem-se personalidades da sociedade civil, líderes comunitários, coordenadores da Ação da Cidadania dos estados, representantes de movimentos sociais, ONGs, universidades e do poder público.
Além disso, desde 2006 a campanha "Natal sem Fome dos Sonhos" passou a arrecadar brinquedos e livros: (1º) para denunciar as violações dos direitos sociais de lazer e educação de crianças e adolescentes; e (2º) anunciar o acesso aos livros dentro das comunidades através do programa "Espaço de Leitura", que vai criar mais de 1.000 bibliotecas móveis no estado do Rio de Janeiro e outras 1.000 pelo Brasil. Com a inauguração do Centro Cultural da Ação da Cidadania, no bairro da Saúde (Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro), em maio de 2007, a solidariedade consciente ganhou mais um espaço onde o povo começa a mudar o mundo pela cultura e a cultura continua mudando nossas vidas pela cidadania.
A Ação da Cidadania continua acreditando que "só a participação cidadã é capaz de mudar esse país" (Betinho) e que "a comida alimenta, mas só a educação e a cultura transformam e libertam" (Maurício Andrade), porque se em 1993 existiam 32 milhões de miseráveis e nos unimos para lutar contra a desigualdade, em 2007 existem 32 milhões de analfabetos funcionais e precisamos nos (re)unir para lutar por uma nova igualdade.
Que as sombras de nossos líderes nos permitam enxergar mais longe, pois estamos olhando o mundo sobre os ombros de gigantes.

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