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domingo, 3 de maio de 2009

Morre dramaturgo Augusto Boal, aos 78 anos, no Rio

O diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal morreu na madrugada deste sábado no Hospital Samaritano, do Rio de Janeiro. Ele tinha 78 anos.

Dramaturgo Augusto Boal morreu na madrugada deste sábado (2) no Rio de Janeiro

Boal sofreu uma insuficiência respiratória às 2h40 de hoje.
Segundo a assessoria do hospital, ele estava internado desde o dia 28 de abril.
O corpo foi removido da instituição às 16h deste sábado.
Boal nasceu no dia 16 de março de 1931, no Rio de Janeiro.
Fundador do Teatro do Oprimido, ele também ficou conhecido por sua participação no Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956 a 1970).
O dramaturgo, diretor teatral e ensaísta Augusto Pinto Boal nasceu em 16 de março de 1931 no Rio de Janeiro.
Um dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, Boal foi um dos principais líderes do Teatro de Arena de São Paulo nos anos 60 e foi o criador do teatro do oprimido, metodologia que reúne teatro a ação social.
Formado em química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1950, ele viajou para Nova York para estudar teatro na Universidade de Columbia.


Dramaturgo e diretor de teatro Augusto Boal foi nomeado embaixador da Unesco

Ao retornar ao Brasil, passou a integrar o Teatro de Arena de São Paulo, dividindo a direção com José Renato.
Na companhia, ele adaptou o método de Stanislavski à realidade brasileira e ao teatro de arena, além de influenciar o grupo na defesa da ideologia de esquerda.
Sua estreia na direção no Teatro de Arena com "Ratos e Homens", de John Steinbeck, lhe rendeu o prêmio de diretor revelação pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), em 1956.
Na sua parceria com o Oficina, resultou a adaptação de "A Engrenagem", de Jean-Paul Sartre, concluída por ele e José Celso Martinez, em 1960.
Boal se tornou neste mesmo ano um dos grandes dramaturgos brasileiros com "Revolução na América do Sul", com direção de José Renato.
Em 1962, com a saída de José Renato, ele virou o principal nome do Arena, encenando "A Mandrágora," de Maquiavel, e "O Noviço", de Martins Pena.
Outro marco em sua carreira foi "Um Bonde Chamado Desejo", de Tennessee Williams, nova colaboração com o Oficina.
Durante a ditadura, Boal dirigiu o show Opinião, com Zé Kéti, João do Vale e Nara Leão (depois substituída por Maria Bethânia), no Rio de Janeiro. O evento passou a influenciar a cena artística brasileira do período e lançou a semente para o nascimento do Grupo Opinião.
No mesmo período, Boal chegou a ser preso e torturado. Ele, então, foi para o exílio, e retornou para o país em 1984. No ano seguinte, dirigiu o musical "O Corsário do Rei", com músicas de Edu Lobo e letras de Chico Buarque.

Teórico
Em seu trabalho como teórico teatral, Boa escreveu títulos como "O Teatro do Oprimido e Outras Políticas Poéticas", "Exercícios para Ator e o Não-Ator com Vontade de Dizer Algo através do Teatro" e "Jogos para Atores e Não Atores".
Sua atuação na cena teatral fez com que a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) o nomeasse Embaixador Mundial do Teatro pela Unesco em março deste ano.

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