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domingo, 9 de agosto de 2009

Desemprego na Europa tem elo com aumento de suicídios e assassinatos


A cada 1% de crescimento nas demissões, suicidas crescem 0,8%.
Programas de ação social ajudam a minimizar esse efeito.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, concluíram que o impacto da crise financeira mundial sobre o continente europeu alterou as curvas de mortalidade da região. O efeito foi observado quando se estudavam as causas de morte na Europa desde 1970.

Em períodos de crise que levaram ao aumento do desemprego, foi possível demonstrar matematicamente seu efeito na mortalidade por causas externas. Para cada 1% de aumento do desemprego, o número de suicídios em pessoas com menos de 65 anos cresce 0,8%. Isso equivale a um excesso de 600 mortes. Os assassinatos também aumentam em frequência na mesma faixa etária no mesmo grau, 0,8%, correspondendo a mais 80 casos.

Por outro lado, a desaceleração econômica faz diminuir a incidência de mortes no trânsito, com 1,39% menos casos fatais para cada aumento de 1% na taxa de desempregados. O panorama varia entre os países e dentro desses por regiões. Em determinadas áreas, o desemprego avançou 3% elevando, além dos suicídios, as mortes por abuso de álcool. A conta dessas áreas é de mais de duas centenas de falecimentos a mais por causas violentas e álcool.

O que pode fazer a diferença são programas de proteção social. Apesar de eventualmente criticadas, essas ações sociais têm efeito redutor de mortalidade documentado na pesquisa. Para cada US$ 10 investidos nos projetos de reativação e criação de postos de trabalho, a mortalidade por suicídios e assassinatos diminui 0,38%.

Esses dados numéricos constatam que a crise econômica afeta diretamente as políticas de saúde pública, não apenas com a diminuição de recursos disponíveis, mas alterando as curvas de mortalidade da população. O trabalho dos cientistas ingleses está publicado na revista "The Lancet", na edição online de 8 de Julho

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