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domingo, 30 de agosto de 2009

A esculhambação do forró atual

(por Ariano Suassuna)
CRITICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL

'Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão.

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto.
Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Ei ta que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas
bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia
Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'descu lhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a faci lidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa.
Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai
tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Guitar Hero 5 terá Kurt Cobain?

Falecido músico estará no jogo
A franquia de simuladores musicais para os games, "Guitar Hero", tornou-se consagrada por diversos fatores, sendo um deles a presença de versões virtuais de músicos famosos em seu acervo de personagens.

A quinta edição da série produzida pela Activision está levando a coisa mais além, trazendo heróicos ícones do rock and roll que já morreram. Além do já confirmado Johnny Cash, um trailer exibido na GamesCon 2009, mostrou Kurt Cobain, vocalista da banda grunge Nirvana e falecido em 04 de abril de 1994, por suicídio, segundo versões oficiais. O músico aparece protagonizando uma das maiores músicas de sua banda: "Smells Like Teen Spirit".
O Nirvana tornou-se um marco na história do rock por manter um estilo de música crú, pesado, e direto. Eternizado não somente pelos adeptos do rock grunge mas também por outros gêneros, Kurt Cobain viveu uma vida conturbada durante a fama, o que levou à sua morte. Versões alternativas do fato indicam uma conspiração para matar o músico, orquestrada pela sua então esposa e também cantora Courtney Love.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Igreja luterana dos EUA permitirá que gays se tornem pastores


- A maior denominação luterana dos Estados Unidos facilitou o processo para que gays e lésbicas em relações estáveis tornem-se pastores, encerrando uma política na qual eles poderiam ser clérigos caso permanecessem em celibato.
A Igreja Luterana Evangélica dos EUA encorajou suas congregações a encontrarem meios de apoiar ou reconhecer membros em "relações do mesmo sexo, comprovadamente duradouras e monogâmicas".
No entanto, isso não significa uma sanção oficial ao casamento gay ou uma aprovação para qualquer celebração do matrimônio entre homossexuais.
Ainda assim, a resolução é uma das mais liberais em qualquer denominação norte-americana em questões de orientação sexual, hoje um dos temas mais controversos em termos políticos e religiosos nos Estados Unidos.
A igreja, que possui 4,6 milhões de adeptos, adotou a resolução em seu encontro bienal em Mineápolis.
"É sobre pessoas em relações comprometidas do mesmo sexo", disse John Brooks, diretor de comunicação e um dos porta-vozes da Igreja Luterana Evangélica.
Anteriormente, gays e lésbicas eram impedidos de participar das cerimônias a não ser que permanecessem em celibato.
Aprovada por 559 votos a favor e 441 contra, a resolução afirma que a igreja se comprometerá a buscar soluções para que pessoas em "relações do mesmo sexo, comprovadamente duradouras e monogâmicas sirvam como líderes incluídos nesta igreja".
A medida aplica-se a pastores e obreiros. A assembleia ainda tem de aprovar mudanças procedimentais para levar a resolução adiante. Segundo Brooks, a nova política da igreja deverá ser adotada a partir de 2010.
A iniciativa cerca de um mês depois de a Igreja Episcopal dos EUA decidir, na prática, abolir o compromisso de ser "austera" ao analisar candidatos gays ao episcopado, o que provocou cisões na comunidade anglicana ao redor do mundo.
A Igreja Episcopal, uma ramificação norte-americana do Anglicanismo, está desenvolvendo os rituais e as liturgias oficiais para abençoar casamentos homossexuais.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Morto há 20 anos, Raul Seixas continua a fazer barulho com seu legado


Raul Seixas durante apresentação no Festival de Águas Claras, em Iacanga, interior de São Paulo (08/03/1984)

Em 1973, Raul Seixas cantou pela primeira vez que era uma mosca que nem o inseticida DDT poderia exterminar. E 20 anos depois de sua morte, completados nesta sexta-feira (21), o cantor e compositor baiano continua fazendo barulho com seu legado.

Durante essas duas décadas que marcaram a ausência do "maluco beleza", um grande número de seguidores ainda faz de seu nome um dos ícones do rock nacional e da contracultura brasileira, responsável por mostrar ao público as ideias do ocultista inglês Aleister Crowley e por afinar uma parceria com Paulo Coelho, entre 1972 e 1982, com letras carregadas de temas esotéricos.

E para celebrar a vida e obra deixada pelo cantor, uma série de programas e homenagens está sendo preparada. Ivan Cardoso faz exposição com fotos inéditas em São Paulo na mostra "O Prisioneiro do Rock"; o produtor Marco Mazzola lança o combo CD/DVD com a música inédita "Gospel"; Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel preparam o documentário "O Início, O Fim e O Meio" e a Rede Globo dedica o especial "Por Toda Minha Vida" ao baiano.

Ainda em São Paulo, a peça "À Espera do Trem das 7" narra a trajetória de Raul, em cartaz no Teatro Commune. O texto se passa entre a morte do artista e o momento em que seu corpo foi encontrado, quando seu espírito ficou à espera do trem das 7.

"Toca Raul"
Raulzito, como era chamado por sua legião de fãs, lançou uma série de sucessos como "Ouro de Tolo", "Rock das Aranhas", "Gita", "Aluga-se", "Maluco Beleza", "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás" e "Sociedade Alternativa". Todo seu legado está perpetuado no famoso bordão gritado pela platéia em shows --seja qual for o gênero musical: "toca Raul!".

Raul Seixas nasceu em Salvador, na Bahia, no dia 28 de junho de 1945, e realizou uma mistura singular de música regional nordestina, especialmente influenciado por Luiz Gonzaga, com o rock and roll. Sua música "Mosca na Sopa" é um exemplo notável desta mistura. Durante sua carreira, lançou 19 discos de estúdio em vida, e suas músicas foram reunidas em mais de 20 coletâneas.

O cantor sofreu uma parada cardíaca e foi encontrado morto em seu apartamento, em São Paulo, aos 45 anos, no dia 21 de agosto de 1989. Dois dias antes, tinha lançado o disco "A Panela do Diabo", com Marcelo Nova.

Conheça a discografia de Raul Seixas:

"Raulzito e os Panteras" (1968)
"Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10" (1971)
"Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock" (1973)
"Krig-Ha, Bandolo!" (1973)
"Gita" (1974)
"Novo Aeon" (1975)
"Há Dez Mil Anos Atrás" (1976)
"Raul Rock Seixas" (1977)
"O Dia Em Que a Terra Parou" (1978)
"Mata Virgem" (1979)
"Por Quem Os Sinos Dobram" (1979)
"Abre-Te Sésamo" (1980)
"Raul Seixas" (1983)
"Metrô Linha 743" (1984)
"Let Me Sing My Rock And Roll" (1985)
"Raul Seixas Rock Volume 2" (1986)
"Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!" (1987)
"A Pedra do Gênesis" (1988)
"A Panela do Diabo" - com Marcelo Nova (1989)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Em Washington, 95% das notas de dólar contêm cocaína


"Notas de dólar"

Cerca de 95% das cédulas de dólar que circulam na capital dos Estados Unidos, Washington, apresentam traços de cocaína, segundo estudo realizado pela Universidade de Massachusetts.
O número representa um aumento de 20% em relação a 2007, e supera o de outras grandes cidades americanas como Boston, Baltimore e Detroit, onde a média de notas contaminadas com a droga foi de 90%.
A pesquisa analisou cédulas em mais de 30 cidades em cinco países. No Brasil, a avaliação de dez notas concluiu que 80% delas tinham traços de cocaína.
Além dos Estados Unidos, o Brasil só foi superado pelo Canadá, com uma média de 85% de cédulas contaminadas.
A China e o Japão foram os que apresentaram o menor nível de cocaína no dinheiro em circulação.

Crise econômica e estresse
Segundo os cientistas, as cédulas ficam com restos de cocaína quando são usadas como "canudo" para inalar a droga ou mesmo quando notas limpas são guardadas com outras contaminadas.
O principal autor da pesquisa, Yuegang Zuo, disse que, de maneira geral, aumentou o número de cédulas com traços da droga.
"Não sabemos com certeza por que houve esse aparente aumento, mas ele pode estar relacionado à atual crise econômica mundial, que fez com que mais pessoas estressadas recorressem à cocaína", afirmou.
Nos Estados Unidos, as notas mais "limpas" vieram de Salt Lake City, no Estado do Utah, onde a maioria da população é formada por mórmons.
De acordo com Zuo, cada nota analisada continha entre 0,006 microgramas e 1,240 microgramas de cocaína (o equivalente a entre menos do que um grão de areia e 50 grãos de areia, respectivamente).
Segundo o cientista, a quantidade é tão pequena que as pessoas não devem enfrentar problemas legais ou de saúde se manusearem essas cédulas.

sábado, 15 de agosto de 2009

Há 40 anos, Woodstock mostrava a cara do hippie

Festival marcou a geração dos anos 60, mas deixou poucos ecos nas subsequentes

Domingo, 17 de agosto de 1969. O sol já baixava sobre a fazenda de Max Yasgur em Bethel, Nova York, quando Jimi Hendrix subiu ao palco, encarregado de encerrar o Woodstock, maior festival de rock da história. Pouco antes do fim do show, durante a faixa "Purple Haze" - que faz alusão ao consumo de LSD -, o guitarrista fez sinal para que a banda parasse de tocar e o deixasse a sós com sua guitarra e seu público. Em poucas notas, fez cair o queixo do mundo. Ligou a distorção no limite do suportável e dedilhou os primeiros acordes do hino nacional norte-americano, rasgado por berros de guitarra, tão distorcidos que lembravam o som de bombas, metralhadoras, gritos; guerra. Hendrix manchou a bandeira dos Estados Unidos de sangue sem dizer uma palavra.



Foi um desfecho à altura do festival. Durante três dias, a juventude norte-americana rompeu as amarras do reacionarismo no país e ostentou sua música, sua cultura e sua face, literalmente, nua. Naquele mês de agosto de 1969, a geração hippie mostrou a que veio. As bombas que Hendrix soltou de sua guitarra trouxeram para o campo colorido de LSD, maconha, batas e cabelos, a outra parte da juventude. Uma parte da juventude que, alheia à política ou por culpa dela, enfrentava a selva do Vietnã, em nome de um projeto político do qual eram o jovens as maiores vítimas. Woodstock, à beira do colapso nervoso de uma América prepotente e belicista, apontou o flower power como saída viável.



Mas, o projeto inicial dos investidores John P. Roberts e Joel Rosenman estava longe de ser salvar a América do suicídio na Guerra. Quando eles anunciaram no New York Times e no Wall Street Journal que tinham "capital ilimitado" para "oportunidades de investimento legítimas e interessantes", encantaram-se pela ideia de Michael Lang e Artie Kornfield de criar um estúdio de gravação. A ideia evoluiu para um festival de música, que evoluiu para um mega-festival cultural para 70 mil pessoas, que virou um ultra-festival, a que compareceram mais de 400 mil pessoas. Virou Woodstock.

Neste sábado, completam-se 40 anos que o movimento hippie mostrou a força da flor no coração dos Estados Unidos. E, se hoje há ecos daquela filosofia ao mesmo tempo pacifista e transgressora - a moda está cheia! -, a essência do hippie soa datada. Se aquela turma esperava voltar à vida em comunidades, a noção do jovem de hoje de comunidade passa pelas redes da internet; do amor livre, sobraram as ficadas sem amor; o rock anti-establishment abriu alas para uma música que flerta com a auto-ajuda; e a própria palavra hippie remete mais ao subemprego do que à vida alternativa.

Exemplo disso foi a reedição de Woodstock que, em 1999, manchou a cidade de Rome, Nova York. Embora a contestação política tenha dado seus respiros no palco - o Rage Against The Machine queimou uma bandeira americana durante o show -, a violência anárquica tomou conta da plateia. Conta a polícia local que o saldo do Woodstock dos anos 90 foi de quatro estupros, sete prisões, uma dúzia de trailers, um ônibus e dezenas de banheiros químicos incendiados. Não houve nem sombra do pacifismo de 1969. Como diria John Lennon, depois parafraseado por Gilberto Gil, o sonho acabou. Pelo menos, uma geração pode se orgulhar de dizer que, há 40 anos, sonhou.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Igrejas Corruptas


As igrejas a cada dia que passa vem explorando seus fieis atraves de dizimos e outras formas, igrejas estao virando mafia de ganhar dinheiro, claro que nao sao todas as igrejas mais a maioria.
O dinheiro q deveria ser dado aos mais carentes , necessitados e portadores de deficiencia fisica sao roubados .
A maioria dos pastores das igrejas de todo o mundo sao deputados , vereadores estao ligados ao estado , formando uma alienacao , onde nao pagam impostos e muitas coisas acabam em pizza como no governo.
Se o mês de um pastor cresce, sua igreja e moral com os lideres também cresce, é assim que funciona, uma queda em três meses já é suficiente para o afastamento de um pastor, embora não seja uma regra, geralmente acontece assim, se um pastor nunca alcança o mês, ele é "retirado da obra de deus" pois isso é um indicador de que o pastor não está bem com Deus, impuro espiritualmente, por isso é de importância vital para um pastor ter os gráficos de sua igreja sempre crescentes.
A poucos meses o bispo da igreja universal reino de deus foi preso com uma mala cheias de dinheiro, com milhoes de reais na famosa mala preta.
Desde muito tempo atras isso ocorre . Na antiguidade, a Igreja Católica se aproveitou e muito da ingenuidade e da ignorância das pessoas para vender as famosas indulgencias, isso ocorre nos dias de hoje tanto em igrejas catolicas como evangelicas entre outras.
Segundo pastores se voce doa muito dinheiro, por exemplo uma quantia de 200 reais voce sera mais abencoado que aquele que deu 2 reais, para se ter ideia ate lote no ceu igrejas estao vendendo , isso e um absurdo.
Nos resta acreditar em deus pois apesar de tudo ele existe , mas naum seja cego, deus ama todo mundo basta fazer por onde e comece por vc ,ajude o proximo que voce realmente ve que precisa e que realmente seu dinheiro esta sendo aplicadu naquilo naum em mansoes luxuosas de pastores que a cada dia que passa ficam mais ricos.

domingo, 9 de agosto de 2009

Desemprego na Europa tem elo com aumento de suicídios e assassinatos


A cada 1% de crescimento nas demissões, suicidas crescem 0,8%.
Programas de ação social ajudam a minimizar esse efeito.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, concluíram que o impacto da crise financeira mundial sobre o continente europeu alterou as curvas de mortalidade da região. O efeito foi observado quando se estudavam as causas de morte na Europa desde 1970.

Em períodos de crise que levaram ao aumento do desemprego, foi possível demonstrar matematicamente seu efeito na mortalidade por causas externas. Para cada 1% de aumento do desemprego, o número de suicídios em pessoas com menos de 65 anos cresce 0,8%. Isso equivale a um excesso de 600 mortes. Os assassinatos também aumentam em frequência na mesma faixa etária no mesmo grau, 0,8%, correspondendo a mais 80 casos.

Por outro lado, a desaceleração econômica faz diminuir a incidência de mortes no trânsito, com 1,39% menos casos fatais para cada aumento de 1% na taxa de desempregados. O panorama varia entre os países e dentro desses por regiões. Em determinadas áreas, o desemprego avançou 3% elevando, além dos suicídios, as mortes por abuso de álcool. A conta dessas áreas é de mais de duas centenas de falecimentos a mais por causas violentas e álcool.

O que pode fazer a diferença são programas de proteção social. Apesar de eventualmente criticadas, essas ações sociais têm efeito redutor de mortalidade documentado na pesquisa. Para cada US$ 10 investidos nos projetos de reativação e criação de postos de trabalho, a mortalidade por suicídios e assassinatos diminui 0,38%.

Esses dados numéricos constatam que a crise econômica afeta diretamente as políticas de saúde pública, não apenas com a diminuição de recursos disponíveis, mas alterando as curvas de mortalidade da população. O trabalho dos cientistas ingleses está publicado na revista "The Lancet", na edição online de 8 de Julho

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Músicas inéditas de Michael Jackson foram levadas pela irmã, diz empresário

La Toya pegou discos rígidos da casa do cantor após a sua morte.
Agente de Jackson diz que faixas recém-gravadas estavam em HDs.



Michael Jackson em show da turnê 'Dangerous' em agosto de 1993.

Surge mais um mistério na complexa pós-vida de Michael Jackson. Sua irmã LaToya se apossou dos discos rígidos de computador que contêm diversas canções inéditas que o cantor gravou antes de morrer com grandes nomes da música pop, como Ne-Yo, Akon e will.i.am, segundo a revista "Rolling Stone".
Os HDs estavam na casa em que o cantor morava, na Califórnia. Horas depois da sua morte repentina, em junho, familiares apareceram na casa para retirar todos os seus pertences, e LaToya pegou os HDs, segundo relato de Frank DiLeo, agente do cantor, à "Rolling Stone".
"Eles encheram caminhões, retirando tudo", disse DiLeo, em entrevista que chega às bancas na sexta-feira. "Eles achavam que Michael era o dono de tudo, então tiraram até a mobília alugada. São eles que vão administrar seu espólio?"
O testamento de Jackson garante 40 por cento do seu espólio para sua mãe, Katherine, de 79 anos, que quer mais controle e já levantou dúvidas sobre a dupla de administradores do espólio.

Hayvenhrust
Em entrevista à Reuters, DiLeo disse ter "bastante certeza" de que os HDs estão no sítio Hayvenhrust, que pertence à família, na localidade de Encino, na Califórnia.
"Os advogados do espólio irão enviar cartas (para recuperar e inventariar o conteúdo dos HDs)", acrescentou DiLeo.
Não foi possível ouvir representantes da família Jackson, inclusive LaToya.
Uma assessora de will.i.am disse que o cantor não ficou com cópias do seu trabalho com Jackson. Representantes de Akon e Ne-Yo não foram localizados ou não souberam dar nenhuma informação.
DiLeo disse à Rolling Stone que havia pelo menos cem músicas inéditas -- muitas delas gravadas durante o auge da carreira de Jackson, na década de 1980, inclusive algumas faixas "sensacionais" que acabaram fora do álbum "Bad", de 1987.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Luiz Gonzaga 20 anos sem o rei do baião


Luiz Gonzaga nasceu em Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Foi um compositor popular. Aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e em festas religiosas. Quando migrou para o sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais. Mas foi exatamente aí que ouviu um cabra lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante nordeste. Pensando nisso compôs dois chamegos: "Pés de Serra" e "Vira e Mexe". Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941) resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “ Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.

No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.

Nos seus vários anos de carreira nunca perdeu o prestígio, apesar de ter se distanciado do palco várias vezes. Os modismos e os novos ritmos desviaram a atenção do público, mas o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85. Seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia. Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nodestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou. Era a representação da alma de um povo...era a alma do nordeste cantando sua história...E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música brasileira só tem que agradecer...

domingo, 2 de agosto de 2009

Bentley Continental GT ganha arte de Romero Britto

Brasileiro enfeitou carro com flores e estrelas. Modelo será leiloado

Bentley Continental GT com arte de Romero Britto
O artista plástico brasileiro Romero Britto recebeu da Bentley uma tarefa complicadada Bentley. Transformar um Continental GT em uma obra de pop art. O resultado é esse que você vê nas imagens, com o modelo pintado com uma base azul escura coberta de flores, estrelas e corações bem coloridos, típicos do trabalho do brasileiro. O carro utilizado para o trabalho é um protótipo estático, fabricado em 2003.
“O Continental GT é o carro mais bonito e elegante do mundo. As linhas do novo design são perfeitas para se pintar, como em uma tela em branco. É uma ótima maneira de começar uma fascinante e colorida jornada”, declarou Britto. Outro brasileiro que gostou do resultado final foi Raul Pires, chefe de design da marca. “A Bentley mantém uma combinação única de exaltação e relaxamento em um só pacote. É uma escultura automotiva com superfícies elegantes”, declarou Pires.
O colorido Continental GT estará ao lado de outros trabalhos do artista na exibição “Come to my world”, em Berlin, entre julho e setembro. O modelo será doado quando a exposição tiver fim, e seu lucro doado para a Fundação Nathalie Todenhofer e para a sociedade Best Buddies.