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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Séries de TV buscam inspiração na crise para atrair público

A televisão dos Estados Unidos, que sempre busca que o público se identifique com os personagens das séries, decidiu incluir a crise em seus roteiros, o que está prestes a chegar a Hollywood, mas com resultados ainda indefinidos.

A série "Desperate Housewives", que retrata a vida de famílias de classe média em um subúrbio americano, vai abordar a crise
Apesar de, nos últimos meses, a indústria das séries ter sofrido cancelamentos e atrasos em centenas de projetos devido à dificuldade de conseguir financiamento, os estúdios acreditam que a crise pode servir como inspiração.
Segundo os produtores, o público poderá descobrir como seus personagens favoritos enfrentam a mesma situação que eles mesmos vivem ou sentem na vida real.
Desta forma, os espectadores verão mães que se veem obrigadas a aceitar postos de trabalho de meia jornada ou famílias inteiras que sofrem a crise das hipotecas. O caso é que, como afirma o jornal "The New York Times", as preocupações econômicas chegaram ao horário nobre.
"Em certo sentido, é o que faz com que o programa seja verossímil", assegurou Sunil Nayar, produtor-executivo de "CSI: Miami", sobre a decisão de incluir parte da realidade na ficção.
Recentemente, os estúdios revelaram, em uma série de encontros com a imprensa realizados em Los Angeles, que algumas das séries mais famosas, como "Desperate Housewives", "Ugly Betty" (ambas da ABC), "Os Simpsons" (Fox) ou "30 Rock" (NBC), abordarão assuntos como problemas financeiros.


Em episódio recente, os Simpsons perdem casa por causa da crise

Ficção e realidade

Aqui entra o debate: até que ponto o público precisa ser lembrado de quão ruim as coisas estão fora da ficção?
"É a primeira vez que tratei de uma preocupação nacional dessa forma no programa", afirmou Marc Cherry, criador de "Desperate Housewives", em alusão às dificuldades enfrentadas por personagens como Lynette (Felicity Huffman) e Tom (Doug Savant), que tiveram que vender sua pizzaria na metade desta temporada.
"Devido ao que está acontecendo no país, pensei que era um bom momento para falar disso. Nunca sei qual é o momento adequado para falar de certas coisas, no sentido de como uma nação se sente a respeito", refletiu Cherry, de 46 anos.
O roteirista citou como exemplo disso o sucesso da série "Dallas", em 1979, em plena recessão durante a era de Jimmy Carter.
"De repente, aquela família rica apareceu e se transformou no programa mais popular, portanto não sei se as pessoas, às vezes, tendem a se dirigir ao lado oposto do que ocorre a seu redor", disse.
No entanto, como lembra o "New York Times", raramente as séries fazem referência direta a eventos atuais, já que se passam meses desde que o roteiro é escrito até o capítulo ser exibido.
Ainda assim, há coincidências, como a inclusão de um personagem no estilo do financista Bernard Madoff em "Lie to Me".
O tema levou a "Fox" a produzir a comédia "Two Dollar Beer", sobre jovens de Detroit que devem enfrentar a cada vez mais grave situação econômica na cidade, ou "Canned", sobre um grupo de amigos que são demitidos no mesmo dia.
Hollywood
O cinema de Hollywood também abordará a questão, embora muitos se perguntem com que resultados, levando em conta que o público associa a sétima arte com o escapismo e o puro entretenimento.
O diretor australiano Baath Luhrmann ("Moulin Rouge - Amor em Vermelho") fará um remake de "O Grande Gatsby", adaptação do romance de F. Scott Fitzgerald lançada em 1974 por Jack Clayton, com roteiro de Francis Ford Coppola e protagonizado por Robert Redford.
A fita, que, assim como a história original, se passará na Grande Depressão americana, será rodada o mais rápido possível para que chegue aos cinemas a tempo e possa falar ao público sobre como a sociedade entrou totalmente na atual crise econômica.
"As pessoas precisarão de uma explicação sobre onde estamos e onde estivemos, e 'O Grande Gatsby' pode fornecê-la", disse o cineasta à publicação "The Hollywood Reporter".
"Se fosse um espelho que dissesse às pessoas: 'Vocês os encheram de dinheiro', não vão querer ver o filme, mas se esse espelho refletisse outro tempo, vão querer", assegurou o diretor de "Austrália".
Outra produção que mostrará às claras a realidade de nossos dias será o próximo trabalho de Michael Moore, uma segunda parte de "Fahrenheit 11 de Setembro" (2004), o documentário sobre a Guerra do Iraque e a política externa do ex-presidente americano George W. Bush

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Suzane Richthofen pode sair da cadeia


Pena poderá ser cumprida em regime semiaberto.
Uma presa exemplar, que trabalha e ajuda as colegas. Suzane Richthofen estaria arrependida? Ou adotou uma estratégia pra sair logo da cadeia?

“A impressão que eu tive dela é de uma pessoa muito fria. Uma menina inteligente, interessada e muito estudiosa, mas apesar disso muito fria”, analisa Alberto Toron, advogado criminalista.

Alberto Toron foi o assistente de acusação no julgamento de Suzane Richthofen, três anos atrás. Ele diz que a integração de Suzane à sociedade pode não acontecer de maneira fácil.

“A julgar pelo crime praticado, é difícil acreditar”, diz ele.


Mas Suzane pode ganhar o direito de cumprir o resto da pena no chamado regime semiaberto. Se isso acontecer, a jovem que confessou ter participado do assassinato dos pais, junto com dois cúmplices, passaria o dia inteiro fora da prisão.

A reviravolta no caso aconteceu esta semana. Começou em Brasília com uma decisão do Superior Tribunal de Justiça. A determinação é que seja feito um novo cálculo dos dias em que Suzane Richthofen trabalhou na cadeia e que devem ser levados em conta pra diminuir o tempo da prisão dela.

“Não se trata de um privilégio, mas de um direito do preso”, explica Toron.

Presa numa penitenciária em Tremembé, interior de São Paulo, Suzane divide cela - de 12 metros quadrados - com outras cinco mulheres.

Segundo informações obtidas pelo Fantástico, depois do café da manhã, ela trabalha na oficina de costura, onde são feitos os uniformes de presos e de agentes penitenciários. Ela também dá aulas de inglês para as outras presas.

A lei determina que, a cada três dias de trabalho ou estudo, o preso fique um dia a menos na cadeia.

“Nós, promotores e juízes, nos limitamos a cumprir fielmente a lei e atender a nossa consciência”, explica o promotor Paulo José de Palma.

A defesa alega que Suzane Richthofen trabalhou pelo menos 1.002 dias e poderia descontar 334 dias da pena - ou seja, 11 meses.

Com esse quase um ano de serviços prestados, somado ao tempo em que está na cadeia, Suzane já teria cumprido um pouco mais do que termina a lei para ir para o regime semiaberto, que é um sexto de sua pena de 38 anos.

Esse benefício só vale pra quem cometeu crimes antes de 2007, quando houve uma mudança na lei. Os pais de suzane foram mortos em 2002.

“Hoje, seriam dois quintos da pena. Ou seja, ela teria que cumprir 15 anos pra poder ser colocada em liberdade”, esclarece o advogado Alberto Toron.

O advogado de defesa preferiu não se manifestar sobre a possibilidade de Suzane conseguir o benefício - com o dever apenas de trabalhar durante o dia e dormir na cadeia.

“Ela quem instigou tanto o namorado quanto o irmão. Ela quem facilitou a entrada deles na casa dos pais. Ela quem traiu a confiança dos pais. Ela é a grande responsável por este crime. Algo que se aproxima, no meu modo de ver, de uma psicopata”, afirma
Aos 25 anos, Suzane Richthofen é considerada uma presa de bom comportamento: limpa a penitenciária, lava roupa e ajuda na cozinha.

O futuro da ex-estudante de direito que confessou ter participado do assassinato dos pais está agora nas mãos do Ministério Público. O promotor deve pedir à Justiça que Suzane passe por um exame médico. É o chamado exame criminológico - feito por um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social.

“Nós temos que verificar se ela apresenta inicio de ressocialização”, diz o promotor.

Há 8 anos, o psiquiatra Daniel Barros participa deste tipo de exame.

“O histórico é levantado para definir se aquela pessoa tem ou não uma doença. Se a pessoa tem ou não um transtorno mental”, comenta o médico.

O juiz da cidade de Tremembé vai decidir o que fazer com Suzane Richthofen. O Fantástico apurou que é quase certo que ela ganhe mesmo o beneficio de sair da cadeia durante o dia. Faltaria apenas definir a data. Mas o psiquiatra e o advogado criminalista fazem um alerta:

“Há casos em que juízes colocaram pessoas em liberdade que vieram a praticar crimes horrendos. O juiz tem uma decisão difícil nas mãos”, alerta Toron.

“O comportamento violento é imprevisível”, diz Daniel Barros.

* Nesta segunda-feira (18), o Ministério Público Estadual encaminhou um parecer contrario ao pedido de progressão de pena de Suzane Von Richthofen, presa em Tremembé, a 147 km de São Paulo

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Aids


Introdução : sabendo mais sobre Aids e HIV
A sigla Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus da Aids é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.

Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver a Aids, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la.

Formas de Contágio
A Aids é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são : transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A Aids também pode ser transmitida da mão para o filho durante a gestação ou amamentação.

Principais Sintomas da Aids
Como já dissemos, um portador do vírus da Aids pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.

Formas de Prevenção
A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Atualmente, existem dois tipos de preservativos, também conhecidos como camisinhas : a masculina e a feminina. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.

Tratamento
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.

Você sabia?
- Dia 1 de dezembro comemora-se o Dia Mundial de Luta contra a Aids.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Democratização da comunicação


A Democratização da Comunicação é uma questão (e a respectiva campanha) que discute a ampliação às massas do acesso tanto à recepção quanto à emissão de produtos de comunicação.] Introdução
Nos últimos dez anos ocorreu um salto qualitativo nas discussões sobre direitos humanos no Brasil. Se por um lado os temas de direitos humanos remetiam o cidadão comum a relacioná-los às questões voltadas para a violência e segurança pública, por outro levava os acadêmicos a tratarem de elementos muitas vezes incompreensíveis para a maioria das pessoas. Assim, tínhamos de um lado, a simplificação dos direitos humanos e de outro um arcabouço teórico e conceitual extremamente sofisticado.
Este cenário é alterado substancialmente quando as organizações da sociedade civil começam a trazer os direitos humanos econômicos, sociais e culturais para o seio das discussões de direitos humanos tradicionais. Avança-se no sentido de resgatar a Conferência de Viena (1993), que afirmou a indivisibilidade e universalidade dos direitos. Desta forma, tratar os direitos civis e políticos como direitos de primeira geração e os direitos econômicos, sociais e culturais como de segunda geração, passou, não apenas a ser um erro conceitual mas propiciou, sobretudo, a construção de um novo discurso e a possibilidade de um novo olhar sobre os direitos humanos no país.
As conferências nacionais de direitos humanos promovidas pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara e por organizações da sociedade civil, também contribuíram efetivamente para dar aos direitos humanos, econômicos e sociais (Dhesc) uma visibilidade que até então era restrita aos círculos acadêmicos ou da militância mais antenada com as discussões internacionais.
Em 2000 a Conferência Nacional de Direitos Humanos discutiu e aprovou que o país apresentasse perante o Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas, um relatório sobre a situação destes direitos no país. Um ano depois, uma comissão viajava a Genebra para apresentar este informe. As articulações que levaram à produção do relatório, sua apresentação em Genebra e posterior retorno às organizações nacionais possibilitaram o surgimento da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais (Dhesc Brasil) que é hoje, sem dúvida, a principal articulação em torno deste tema no Brasil.

sábado, 16 de maio de 2009

Banda faz releitura inspirada do clássico 'Kind of blue'

Jimmy Cobb, baterista original de Miles Davis, comanda a So What Band.
Sexteto se apresentou em festival na noite de quinta (14) em São Paulo.
A noite em homenagem aos 50 anos do clássico álbum de jazz "Kind of blue" não poderia ter sido mais inspirada. Acompanhado da So What Band, o baterista Jimmy Cobb, membro original do grupo que acompanhou Miles Davis nas gravações do disco, apresentou releituras vigorosas para canções como "So what”, “All blues”, “Blue in green”, "Flamenco sketches", entre outras.


O trumpetista Wallace Roney toca músicas do álbum 'Kind of blue' à frente da So What Band no Bridgestone Music Festival, em São Paulo, nesta quinta (14).
O show foi um dos destaques da programação do Bridgestone Music Festival, quinta-feira (14) no Citibank Hall, em São Paulo. A banda se apresenta novamente no mesmo evento nesta sexta (15), com ingressos esgotados.
Aos 80 anos, Cobb já tocou ao lado de Billie Holiday, Dizzy Gillespie, Sarah Vaughan, Stan Getz, Dinah Washington, entre outros. Além dele, o sexteto que homenageia Miles Davis é composto por Wallace Roney (trumpete), Larry Willis (piano), Buster Williams (contrabaixo), Javon Jackson e Vincent Herring (saxofonistas).
Outra boa surpresa da noite foi a apresentação do Robert Glasper Trio. Vencedor da categoria "astro do piano em ascensão" na última eleição da revista "Down Beat", Glasper arrancou aplausos ao mostrar um repertório original repleto de improvisos ao lado do baixista Vicente Archer e do baterista Chris Dave.
O pianista também é conhecido pelas colaborações com artistas do hip hop, como Mos Def, Common, Talib Kweli, Q-Tip, Jay-Z e Erykah Badu.
Destaque entre os jovens nomes do jazz de Nova York, o trio encerrou sua apresentação em São Paulo com uma incrível versão de "Everything in its right place", do Radiohead, misturada a trechos de "Maiden voyage", lançada por Herbie Hancock nos anos 60.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Exposição mostra os anos de John Lennon em Nova York


Objetos pessoais e relacionados a música foram reunidos por Yoko Ono.
Evento abre nesta terça-feira (12) no museu do Rock and Roll, em NY.
Os anos que John Lennon passou em Nova York e os eventos políticos em que se envolveu, assim como alguns de seus objetos pessoais e outros relacionados a música, foram reunidos por sua viúva, Yoko Ono, e pelo museu do Rock and Roll na cidade em uma exposição que começa nesta terça (12).



Camiseta usada por John Lennon na famosa fotografia de Bob Gruen está em exposição em Nova York.

"Cada aspecto da vida de John em Nova York está representado pela primeira vez. John era músico, artista, ativista pacífico, pai e marido, e Nova York foi a cidade que lhe deu as bases e a liberdade para ser tudo isso", destacou Yoko Ono, em coletiva de imprensa.


Cinegrafista filma saco com as roupas que John Lennon estava usando quando foi assassinado em Nova York.
Nas salas do famoso museu nova-iorquino será possível ver desde os famosos óculos redondos do ex-beatle, que ele usava no dia de seu assassinato (8 de dezembro de 1980), até uma camiseta branca da cidade de Nova York.

A exposição, intitulada "John Lennon: Os anos em Nova York", é aberta a partir desta terça (12) ao público e poderá ser visitada até o fim do ano, embora seus organizadores não descartem que possa se tornar permanente.

Lennon (1940-1980) chegou à cidade em 1971 e, um ano mais tarde, deu seu maior show solo no emblemático Madison Square Garden, que ficou registrado no álbum "Live in New York City".

A letra da canção que dá nome ao disco, junto com o violão que tocou em sua última atuação pública nesse mesmo palco acompanhado de Elton John, em 1974, faz parte também da mostra.

"John era apaixonado pela cidade e quando se está apaixonado se esquece que existe um passado", disse Ono, afirmando que, "de certo modo, deve ter sido duro para John ser o único beatle a viver em Nova York, longe de seus amigos".

Segundo Ono, "John era muito nova-iorquino, era uma pessoa muito inteligente e sensível, e logo após chegar à cidade sentiu que era seu lar".

A mostra captura uma época na vida de Lennon repleta de ativismo político e social contra a Guerra do Vietnã, o que chegou até a ser um argumento do Governo Richard Nixon (1969-1974) para tentar sua deportação.


Cartas de apoio
As cartas de apoio que recebeu de algumas personalidades americanas do momento, assim como o cartão de residência que conseguiu no mesmo dia de seu 36º aniversário, quando também nasceu seu filho Sean, estão incluídas na exposição.

A maioria destes objetos procede do Museu do Rock and Roll de Cleveland, Ohio, e do museu que leva o nome do artista em Tóquio. A eles se somam os itens que sua mulher forneceu, alguns deles nunca antes mostrados ao público.

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"Era muito importante para mim que essa exposição fosse completa e, embora tenha sido muito difícil, voltei a revirar os armários", explicou Ono, que afirmou que, ao passear pela exposição, sente muita "tristeza" pela ausência do marido.

Entre fotografias, instrumentos e vídeos do cantor, a mostra também inclui vários desenhos e pinturas de Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison.

"Eu teria gostado de colocar mais obras, mas queríamos manter o equilíbrio, já que não se trata de uma exposição de arte. Um dia eu gostaria de montar uma exposição só com algumas dessas obras", afirmou Ono.

O compromisso antibelicista do casal também se reflete através da lembrança das mais de 932 mil pessoas que, desde dezembro de 1980, quando Mark David Chapman atirou em Lennon, morreram por causa das armas nos EUA.

Nos anos 70, "John e eu tínhamos uma atitude um pouco reticente em relação aos museus porque destoavam da realidade. Agora estamos em uma posição em que temos que fazer todo o possível para divulgar uma mensagem pacífica, e fico feliz que esse espaço acolha uma exposição sobre uma pessoa que acreditou tanto na paz", afirmou Yoko Ono.

domingo, 10 de maio de 2009

A origem do Dia das Mães


A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".
Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.

"Não criei o dia das mães para ter lucro"
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Cravos: símbolo da maternidade
Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

No Brasil
O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Katie Holmes fará terror roteirizado por Guillermo del Toro


www.cineclick.com.br
Katie Holmes acaba de filmar uma comédia
Katie Holmes (Loucas Por Amor, Viciadas Por Dinheiro) voltará a fazer um filme de terror, gênero no qual a atriz não trabalha desde Comportamento Suspeito, seu segundo trabalho no cinema. Dez anos se passaram e a temática juvenil no longa de 1998 é substituída pelos toques de fantasia em Don't Be Afraid of the Dark, cujo roteiro é de Guillermo del Toro (Hellboy II: O Exército Dourado) e Matthew Robbins (Mutação).

Don't Be Afraid of the Dark é baseado num filme produzido para a TV em 1973 sobre uma jovem passa a morar com o pai e a namorada dele. Lá, ela descobre que eles estão dividindo a casa com criaturas demoníacas. A direção será de Troy Nixey, artista criador de histórias em quadrinhos que, queridinho de Del Toro, é estreante na direção de um longa-metragem.

As filmagens ocorrem em meados deste ano em Melbourne, na Austrália, e será exibido como "uma apresentação de Guillermo del Toro", de acordo com a Variety.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Educação: A Importância do Limite


Saber dizer “não” é, segundo os especialistas, um dos aspectos importantes e saudáveis da educação de crianças e adolescentes.

Uma das maiores dificuldades na educação de uma criança consiste na tarefa de saber dosar amor e permissividade com limite e autoridade.
Todos têm consciência da importância de impor limites, mas o fato de saber disso não é suficiente para fazer desta uma tarefa fácil.
Os pais freqüentemente se deparam com muitas dúvidas:
Estou agindo certo? Onde eu errei? Por que ele não me obedece?
É importante analisar como a noção do proibido vai se constituindo ao longo do desenvolvimento infantil para compreender melhor o comportamento da criança. Ela, até o fim do primeiro ano de vida, obedece ao princípio primordial da vida humana: o princípio do prazer.
Por isso procura apenas fazer o que lhe causa satisfação e tenta fugir do que é vivido como algo desprazeroso. Nesse estágio, ela age por impulso instintivo.
Esse é o primeiro sistema de funcionamento mental, o mais primitivo e existente desde o nascimento do indivíduo, que é denominado pela psicologia de id.

O id é essencialmente impulsivo – age primeiro e pensa depois. É imperioso, intolerante, egoísta e amoral; é agressivo, sexual, destrutivo, ciumento, enfim, é tudo que existe de selvagem em nossa natureza. Assim, a criança quer fazer tudo o que lhe vem à mente: deseja o que vê, imita o que fazem ao seu redor e tem permanentemente insaciável e ativa a sua curiosidade que, freqüentemente, aborrece, preocupa e constrange as pessoas.

Ao mesmo tempo, essa impulsividade é uma das necessidades mais prementes em seu desenvolvimento, que, quando reprimida, gera crianças sem brilho, apáticas, desinteressadas e rigidamente bem comportadas. A necessidade de tocar, apalpar, mexer, demonstrar, destruir, desfazer e tentar reconstruir objetos são atividades importantíssimas e fazem parte de sua forma de entrar em contato com o mundo externo.

A partir dos 18 meses, a criança começa a se opor para afirmar-se e existir por si mesma. É o início da fase do não, tão temida pelos pais, e que termina, na melhor das hipóteses, por volta dos três ou quatro anos. Nessa fase, trata-se de uma oposição sistemática, porém necessária à estruturação e organização de sua personalidade.

Basta substituir o "não" por "eu" para se ter a chave do problema. Para uma criança, dizer "não" significa apenas: "Eu acho que não! E você?" Ela quer simplesmente uma resposta dos pais que, favorável ou não, terá, pelo menos, o mérito de indicar os limites. A partir dos três ou quatro anos, a criança passa, pouco a pouco, do "não" sistemático – modo de comunicação arcaico, mas necessário ao seu desenvolvimento – para o "não" refletido, que afirma seus gostos e escolhas.

Culpa e castigo
Desde cedo, a criança percebe que seu comportamento impulsivo, em vez de satisfação, freqüentemente acarreta uma censura por parte do mundo externo. Ela passa, assim, a dominar suas atividades instintivas. Como, acima de tudo, a criança deseja o apoio e a aprovação dos adultos e necessita imensamente deles, especialmente do pai e da mãe, começa a compreender que precisa controlar melhor seus desejos e impulsos.

Ao conformar-se gradualmente com as imposições do meio ambiente (educação), controlando ou repelindo os desejos que não podem ou não devem ser satisfeitos, vai se estruturando o sistema moderador ou filtrador, o ego.

O ego faz com que a criança troque o princípio do prazer, que orientava suas atividades instintivas, pelo princípio da realidade, mediante o qual consegue adiar ou anular os impulsos que não são adequados ao meio em que vivem. O ego coloca-se como intermediário entre o id e o mundo externo, entre as exigências impulsivas e as restrições do meio.
A parte moral ou ética da personalidade se manifesta quando julgamos nossos atos na categoria de bom ou mau. Essas considerações dependem de um sistema de autocensura, denominado superego. O superego desenvolve-se a partir do ego, mediante a internalização ou incorporação dos modelos externos, das advertências e censuras.

O superego passa a atuar sobre a criança da mesma maneira que os pais: punindo-a quando se comporta mal e dando-lhe a sensação de bem-estar quando age corretamente. A punição assume um aspecto de sentimento de culpa ou de inferioridade, de angústia ou inquietação. A recompensa proporciona, por sua vez, orgulho, realização ou sensação de cumprimento do dever, ou seja, uma virtude.
Até dois ou três anos, a noção do proibido não lhe faz ainda muito sentido. Será preciso repetir-lhe muitas vezes o que ela pode ou não pode fazer, explicando-lhe em poucas palavras a razão dessa proibição. Somente depois dos três ou quatro anos a criança passa a compreender, cada vez melhor, as ordens dadas, começando a entender as noções de bem e de mal. E, a princípio, ela procurará obedecer aos pais somente para satisfazê-los.

As crianças, ao contrário do que se pensa, são muito preocupadas com regras. Parece que agir dentro de limites, cuidadosamente estabelecidos, oferece-lhes uma estrutura segura para lidar com uma situação nova e desconhecida.
É fundamental que os adultos tenham clareza de suas convicções e sejam fiéis a elas, pois, para os pequenos, eles são modelos vivos a serem seguidos. É por meio do convívio com essas fontes de referências que eles vão estruturando a sua própria personalidade.

A criança que não aprende a ter limite cresce com uma deformação na percepção do outro. As conseqüências são muitas e, freqüentemente, bem graves como, por exemplo, desinteresse pelos estudos, falta de concentração, dificuldade de suportar frustrações, falta de persistência, desrespeito pelo outro – por colegas, irmãos, familiares e pelas autoridades.

Com freqüência, essas crianças são confundidas com as que têm a síndrome da hiperatividade verdadeira, porque, de fato, iniciam um processo que pode assemelhar-se a esse distúrbio neurológico. Na verdade, muito provavelmente trata-se da hiperatividade situacional, pois, de tanto poder fazer tudo, de tanto ampliar seu espaço sem aprender a reconhecer o outro como ser humano, essa criança tende a desenvolver características de irritabilidade, instabilidade emocional, redução da capacidade de concentração e atenção, derivadas, como vimos, da falta de limite e da incapacidade crescente de tolerar frustrações e contrariedades.

O pediatra e psicanalista britânico Donald Winnicott dizia: “É saudável que um bebê conheça toda a extensão da sua raiva. Na vida, existe o princípio do desejo e o princípio da realidade. Uma criança a quem se cede em tudo imediatamente, ‘a quem nunca se recusou nada’, como dizem os pais, suporta mal a frustração. Muitos desses pais que cedem sempre vêem o filho no presente, ao passo que aqueles que sabem dar sem mimar vêem o filho no tempo e no futuro. Eles lhe oferecem perspectivas, lhe mostram o valor do desejo e da espera, para melhor saborear o que é obtido.”

Maria Guimarães Drumond GrupiPsicóloga, pedagoga e diretora da Escola de Educação Infantil Ponto Omega - São Paulo

terça-feira, 5 de maio de 2009

Ministério da Saúde descarta morte de mulher por gripe suína no Rio


O Ministério da Saúde negou nesta segunda-feira que a morte de uma mulher vinda dos Estados Unidos, registrada hoje no Rio, tenha sido causada pela gripe A (H1N1) --conhecida como gripe suína. De acordo com o Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, uma mulher de 50 anos que estava isolada após apresentar os sintomas da gripe morreu na madrugada de hoje.
O hospital informou que ela foi isolada porque apresentou dor de cabeça, febre e vômito 48 horas depois de chegar de Michigan, nos Estados Unidos. De acordo com o Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), no entanto, ela não estava na relação de pacientes com suspeita da doença no Estado.
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Segundo o Ministério da Saúde, exames revelaram que a mulher morreu vítima de uma pneumonia bacteriana. Anteriormente, o hospital havia informado que o laudo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com resultado do exame das amostras coletadas da paciente deveriam sair até quarta-feira (6).
Ela morreu com septicemia grave --processo infeccioso generalizado em que germes e suas toxinas invadem o sangue e nele se multiplicam--, de acordo com o hospital.
Casos suspeitos
No início da tarde de hoje, o Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira que há 25 casos suspeitos de gripe A (H1N1) no Brasil. Até este domingo (3), eram 15 o número de casos considerados suspeitos no país.
Os casos suspeitos foram registrados nos Estados de São Paulo (10), Minas Gerais (4), Rio de Janeiro (3), Distrito Federal (2), Tocantins (2), Goiás (1), Mato Grosso do Sul (1), Paraná (1) e Santa Catarina (1).
Outras 36 pessoas estão sendo monitoradas em 16 Estados do país, mas a suspeita de contaminação foi descartada em 60 pacientes.
Desde sexta-feira (1), o Gabinete Permanente de Emergências do Ministério da Saúde alterou a definição de caso suspeito e em monitoramento para o vírus da gripe suína.
O objetivo de mudar os critérios é ampliar ainda mais a vigilância da circulação do vírus. A mudança ocorreu a partir da ampliação do número de países com confirmações de casos da doença e, ainda, o aumento de áreas afetadas pelo vírus dentro de alguns desses países.
De acordo com as novas regras, passam a ser consideradas suspeitas de ter a doença pessoas provenientes de qualquer área dos países com confirmação de casos e que apresentem os sintomas da gripe ou que tenham tido contato próximo com pessoas infectadas. Até ontem (1º), eram enquadradas nessa categoria pessoas que vinham apenas de áreas afetadas dentro desses países.
Os casos de monitoramento eram considerados aqueles que vinham de área sem ocorrência de caso em países afetados e que tinham alguns dos sintomas referidos na definição de caso suspeito. Mas, com a mudança, pessoas que tiverem os sintomas compatíveis com o quadro suspeito da doença e que sejam provenientes de países não afetados também passaram a ser monitoradas.
Mundo
O número de casos confirmados da gripe A (H1N1) chegaram a 1.003 em 20 países, disse nesta segunda-feira a chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan.
Em declaração à Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) por videoconferência, de Genebra (Suíça), Chan afirmou, que, apesar do aumento no número de casos de 985 para 1.003 somente neste segunda-feira, "não há indicação de que estamos enfrentando uma situação similar à de 1918"--quando uma pandemia de gripe matou milhões de pessoas.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Comes e bebes: confira o que o Oasis quer no seu camarim!


O Oasis começa nesta terça-feira, 28 de abril, sua quarta turnê pela América do Sul, na cidade de Caracas, na Venezuela.
Os irmãos Gallagher e cia. chegam com a turnê do álbum “Dig Out Your Soul”, que passará também por Lima, Buenos Aires, Santiago, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
O jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, teve acesso aos quase-sempre pedidos extravagantes dos artistas, que listaram, em meio às 30 toalhas brancas, 20 azul-marinhas ou pretas, pizzas pós-show e só um maço de cigarros, os seguintes itens abaixo para o show que acontece na Expotrade, dia 10 de maio:
(Nota: Case de 24 garrafas/latas)
3 Cases de 500ml água mineral (i.e. Evian, Volvic, etc.)
5 garrafas de vinho tinto de boa qualidade
5 garrafas de Pinot Grigio vinho branco
3 Cases cerveja importada de boa qualidade (Heineken, Becks & Corona ou 1 case cerveja local)
1 Case (24) latas de Guinness – TEM QUE SER em latas.
6 latas de Red Bull
1 garrafa whiskey irlandês
3 garrafas vodka (i.e. Absolut, Grey Goose)
1 Case de refrigerantes (i.e. Coke, Sprite, etc.)
6 garrafas de Gatorade ou Lucozade – (temperatura ambiente)
2 litros de água tônica
3 litros de club soda
2 litros de cranberry suco
1 litro de suco de laranja
1 maço de Marlboro Lights Cigarettes
5 isqueiros
1 litro de leite
1 café de boa qualidade (sem sabores!!!!)
Chás – variações: inglês tradicional, ervas, verde
5 Chocolates instantâneos quentes
1 Mr. Coffee café ou similar
1 chaleira (para água quente do chá)
9 xícaras seleção de açúcar (pacotes, orgânico, granular)
1 mel
6 limões e facas
6 limas
2 caixas de lenços
5 Packs chicletes (spearmint or peppermint flavours only)
1 cooler com gelo grande
* Variações de chips de batata (pelo menos 1 x orgânica); mistura de nuts orgânicas (em especial amêndoas); variações de barras de chocolates Cadbury; tigela de frutas orgânicas (maçãs, morangos, mirtilo, grapefruit, pêssego, peras e bananas...).
* O vestiário deve ser um ambiente limpo e arrumado, com louça, metal prata, guardanapos, toalhas de linho, abre garrafas, saca-rolhas, copos (para o vinho, bebidas espirituosas e champanhe), incluindo cerveja, copos de cerveja (pint para Guinness) e um arranjo de flores para ser colocada no vestiário.
* E, antes do show, chá com mel e chicletinho.
O camarim deverá ser um ambiente limpo e arrumado com 1 mesa com toalha de mesa, cadeira ou uma almofada/assento e um espelho grande.
1 Chaleira
2 Litros sala de água temperatura ambiente
1 mel orgânico
4 canecas
4 colheres de chá
2 chicletes de hortelã ou menta chicletes
1 Caixa de lenço
Ufa!!! E você, se fosse um(a) rockstar: o que não poderia faltar no seu camarim?

domingo, 3 de maio de 2009

Morre dramaturgo Augusto Boal, aos 78 anos, no Rio

O diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal morreu na madrugada deste sábado no Hospital Samaritano, do Rio de Janeiro. Ele tinha 78 anos.

Dramaturgo Augusto Boal morreu na madrugada deste sábado (2) no Rio de Janeiro

Boal sofreu uma insuficiência respiratória às 2h40 de hoje.
Segundo a assessoria do hospital, ele estava internado desde o dia 28 de abril.
O corpo foi removido da instituição às 16h deste sábado.
Boal nasceu no dia 16 de março de 1931, no Rio de Janeiro.
Fundador do Teatro do Oprimido, ele também ficou conhecido por sua participação no Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956 a 1970).
O dramaturgo, diretor teatral e ensaísta Augusto Pinto Boal nasceu em 16 de março de 1931 no Rio de Janeiro.
Um dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, Boal foi um dos principais líderes do Teatro de Arena de São Paulo nos anos 60 e foi o criador do teatro do oprimido, metodologia que reúne teatro a ação social.
Formado em química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1950, ele viajou para Nova York para estudar teatro na Universidade de Columbia.


Dramaturgo e diretor de teatro Augusto Boal foi nomeado embaixador da Unesco

Ao retornar ao Brasil, passou a integrar o Teatro de Arena de São Paulo, dividindo a direção com José Renato.
Na companhia, ele adaptou o método de Stanislavski à realidade brasileira e ao teatro de arena, além de influenciar o grupo na defesa da ideologia de esquerda.
Sua estreia na direção no Teatro de Arena com "Ratos e Homens", de John Steinbeck, lhe rendeu o prêmio de diretor revelação pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), em 1956.
Na sua parceria com o Oficina, resultou a adaptação de "A Engrenagem", de Jean-Paul Sartre, concluída por ele e José Celso Martinez, em 1960.
Boal se tornou neste mesmo ano um dos grandes dramaturgos brasileiros com "Revolução na América do Sul", com direção de José Renato.
Em 1962, com a saída de José Renato, ele virou o principal nome do Arena, encenando "A Mandrágora," de Maquiavel, e "O Noviço", de Martins Pena.
Outro marco em sua carreira foi "Um Bonde Chamado Desejo", de Tennessee Williams, nova colaboração com o Oficina.
Durante a ditadura, Boal dirigiu o show Opinião, com Zé Kéti, João do Vale e Nara Leão (depois substituída por Maria Bethânia), no Rio de Janeiro. O evento passou a influenciar a cena artística brasileira do período e lançou a semente para o nascimento do Grupo Opinião.
No mesmo período, Boal chegou a ser preso e torturado. Ele, então, foi para o exílio, e retornou para o país em 1984. No ano seguinte, dirigiu o musical "O Corsário do Rei", com músicas de Edu Lobo e letras de Chico Buarque.

Teórico
Em seu trabalho como teórico teatral, Boa escreveu títulos como "O Teatro do Oprimido e Outras Políticas Poéticas", "Exercícios para Ator e o Não-Ator com Vontade de Dizer Algo através do Teatro" e "Jogos para Atores e Não Atores".
Sua atuação na cena teatral fez com que a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) o nomeasse Embaixador Mundial do Teatro pela Unesco em março deste ano.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O primeiro emprego


A primeira vez que ouvi alguém dizer que era injusto um empregador exigir de um jovem que tenha experiência para efetivar sua contratação foi exatamente no momento em que ingressava na adolescência. Fiquei meio perplexo. Nunca havia pensado no assunto. Passados vários anos, essa injustiça continua. E continuo sem entender como a sociedade brasileira não consegue encontrar uma solução para um problema tão óbvio. Afinal, como exigir experiência de alguém que está ingressando no mercado de trabalho?
Os exemplos concretos de como um trabalhador iniciante é tratado com descaso por seus colegas mais velhos são fartos e assustadores. Vou citar o que ocorre na carreira docente. Os novatos são, via de regra, aqueles que recebem as turmas mais complexas e os horários mais desgastantes. Eu mesmo, quando comecei à dar aulas na universidade, fui escalado, como sociólogo, para ministrar aulas em cursos que nunca havia tido algum contato maior. Os horários de aula eram pouco estimulantes, como sexta-feira, último horário, ou sábado. Os alunos se entreolhavam nos primeiros dias de aula e diziam com os olhos que não entendiam o motivo de uma aula de sociologia. Eu tinha que me desdobrar para conquistá-los. Me sentia como um médico recém-formado que tinha a tarefa de operar um paciente em estado muito grave. E percebia a incoerência: na medida em que ficasse mais experiente, eram reservadas para ele as tarefas mais simples até chegar ao topo da carreira, resolvendo pequenos curativos.
O último dado que tivemos acesso sobre esta curiosa injustiça foi divulgado há dez dias. O IBGE informou que caiu, nos últimos dez anos, o percentual de jovens, entre 15 e 17 anos, detentores de empregos formais. Informou que o percentual de desemprego nesta faixa etária é superior ao verificado entre pessoas com mais de 60 anos. É verdade que um dos motivos foi o aumento da exigência de escolaridade. Houve aumento de 28% dos postos de trabalho que exigem escolaridade média e queda de 22% dos postos que exigem escolaridade básica. Mas este não é o único fator.
Na década de oitenta, o desemprego juvenil (definido como aquele que atinge jovens entre 10 e 24 anos de idade que procuraram emprego e não encontraram) chegou a 4% e 8%. Saltou para 18% na década de noventa. Márcio Pochmann, pesquisador da Unicamp e Secretário do Desenvolvimento e Trabalho de São Paulo, indica que o desemprego juvenil é 1,5 vezes superior que a taxa de desemprego total. Para o autor, o trabalho juvenil é o mais atingido pelos postos de trabalho precário, aquele que não oferece estabilidade, em que a renda é baixa e a jornada de trabalho é alta. Aos jovens está sendo reservada a parcela mais insegura do mercado de trabalho, onde as regras de contratação são mais flexíveis.
A solução neoliberal desenvolvida nos anos 80 foi a desregulamentação do mercado de trabalho e a oferta de cursos de qualificação profissional. De um lado, essas políticas aumentaram a precariedade do trabalho juvenil e, de outro, adotaram a convicção que o desemprego tem como principal culpado o próprio desempregado que não possui qualificação necessária. O fato é que essas políticas não conseguiram reverter o cenário de desamparo e desemprego. E não temos comprovação que qualificação relaciona-se diretamente com emprego juvenil. Na verdade, temos poucos estudos sobre como um jovem ou adulto aprendem. Segundo dados oficiais, 60% dos trabalhadores brasileiros que possuem título universitário não estão exercendo funções compatíveis com sua formação. O mercado de trabalho não é tão racional e generoso como se pensou nos anos 80.
Dois países estão se dedicando com mais atenção a este problema: a Bélgica e a França. As soluções francesas são as mais conhecidas. O programa Primeiro Emprego da França, desenvolvido pelo governo socialista de Jospin, exige que órgãos públicos abram um percentual de vagas para jovens na faixa de 18 a 24 anos. Mas não ficam apenas na contratação. Este primeiro emprego deve durar, no mínimo, cinco anos e programas de apoio e acompanhamento complementares são oferecidos aos jovens empregados. É a função social da ação pública, retornando após anos de tenebroso inverno neoliberal.
No Brasil, a experiência mais acabada é a de São Paulo. Na capital paulista implantou-se o programa Bolsa Trabalho. Trata-se de uma bolsa para desempregado na faixa de 16 a 20 anos, além de um programa de qualificação que compreende ações e oficinas para formação de agentes comunitários que atuam nas áreas de esporte, lazer, saúde, educação, cidadania, trânsito, e assim por diante. Neste programa, o jovem desempregado pode ter acesso, mais adiante, aos programas do Banco do Povo e Centro de Desenvolvimento do Trabalho e dos Negócios.
O importante é destacar que o mundo dos adultos, que afinal comanda as ações públicas, tem um compromisso com a formação e o bem-estar dos jovens. Não há motivo para exigirmos de um jovem o que ele não tem: experiência. Esta é a forma mais mesquinha de excluirmos os jovens da disputa por uma vaga. Convenhamos: a ética e a solidariedade que os adultos pregam podem começar por este tema.